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Estado de Minas PANDEMIA

Ocupação das enfermarias para COVID-19 chega à zona crítica em BH

Com isso, cidade tem dois dos três indicadores no estágio mais grave da escala de risco. Todos os parâmetros apresentaram alta nesta quarta-feira (10/3)


10/03/2021 18:01 - atualizado 10/03/2021 18:19

Santa Casa de Belo Horizonte: capital está com 86,1% de ocupação nas UTIs(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Santa Casa de Belo Horizonte: capital está com 86,1% de ocupação nas UTIs (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A taxa de ocupação das enfermarias ultrapassou a marca dos 70% e chegou à zona crítica da escala de risco nesta quarta-feira (10/3), em Belo Horizonte. Conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, 71,6% dos leitos do tipo para pacientes com COVID-19 estão em uso na cidade.

 

 

 

Portanto, agora BH tem dois dos três indicadores na fase mais grave da escala de risco. A ocupação das UTIs se manteve nesse estágio pelo novo balanço consecutivo e apresentou crescimento de 85,3% para 86,1% em comparação ao boletim dessa terça-feira (9/3).

 

Apesar de ainda estar na zona de alerta, a taxa de transmissão do coronavírus por infectado cresceu em BH nas últimas 24 horas. O dado saiu de 1,16 para 1,19.

 

 

 

Dessa maneira, o fator RT está a um passo de entrar na zona crítica, determinada a partir dos 1,2. Isso não acontece há exatamente uma semana, já que em 3 de março o parâmetro estava em 1,2.

 

Desde que a prefeitura passou a divulgar as três estatísticas diariamente, em 4 de agosto, Belo Horizonte nunca registrou os três dados em suas respectivas fases de maior gravidade.

 

Casos e mortes em Belo Horizonte

O boletim da prefeitura também informou que BH chegou a 119.923 casos confirmados de COVID-19. São 2.859 mortes, 6.004 pacientes em acompanhamento e 111.060 recuperados.

 

Em relação ao boletim dessa terça-feira, houve acréscimo de 994 diagnósticos na cidade. O total de óbitos cresceu em 27, o maior aumento desde o balanço de 19 de fevereiro.

 

Porém, vale sempre lembrar que nem todas essas vidas foram perdidas no período de 24 horas, já que a prefeitura leva algum tempo para confirmar se uma morte aconteceu ou não em decorrência da pandemia.

 

Perfil das vítimas

No levantamento por regionais de Belo Horizonte, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 na capital: 379, 31 a mais que a Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (341), Centro-Sul (328), Barreiro (326), Leste (321), Venda Nova (292), Pampulha (269) e Norte (255).

 

Além disso, no total, 1.553 homens perderam a vida para a COVID-19 em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.306.

 

Os idosos foram os que mais faleceram: 83,54% (2.388 no total).

 

Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,24% (407). Há, ainda, 61 óbitos entre 20 e 39 anos (2,13%), um pré-adolescente entre 10 e 14 anos (0,03%) e duas crianças entre 1 e 4 (0,06%).

 

Ainda conforme o boletim da prefeitura, 97,2% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.

 

Em BH, 79 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 64 homens e 15 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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