A Polícia Federal (PF) deflagrouna manhã desta quinta-feira (11/3) a operação ‘No show’, que investiga furtos qualificados praticados há mais de um ano na área restrita de segurança do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH.
Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão, com autorização de quebra de sigilo de dados, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Pedro Leopoldo/MG.
Segundo a PF, os furtos eram cometidos por uma organização criminosa formada por quatro mulheres e um homem, que trabalhavam em lojas situadas no terminal de Confins. Os prejuízos causados pela quadrilha são estimados em R$ 600 mil. Apenas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, a empresa lesada registrou perdas de R$ 185 mil.
A investigação aponta que o grupo agia de maneira planejada, com direito a divisão de tarefas. Uma das suspeitas se apresentava como passageira na área de embarque doméstico, usando inclusive um bilhete aéreo.
Com o auxílio de duas comparsas, ambas funcionárias da empresa lesada, ela entrava na loja de importados, acondicionava os produtos em mochilas e as deixava no provador ou ao lado do caixa.
Com o auxílio de duas comparsas, ambas funcionárias da empresa lesada, ela entrava na loja de importados, acondicionava os produtos em mochilas e as deixava no provador ou ao lado do caixa.
Um terceiro comparsa então entrava no estabelecimento fingindo ser cliente e retirava os produtos. Valendo-se de sua credencial permanente de livre acesso a áreas restritas do aeroporto, ele deixava os itens roubados em local previamente combinado para que a falsa passageira pegasse e, em seguida, saísse pela área de desembarque do terminal.
A PF constatou 28 registros de acesso da falsa passageira à sala de embarque doméstico entre agosto de 2018 e janeiro de 2021. De acordo com as companhias aéreas, ela embarcou em apenas duas oportunidades. Em todas as outras, houve o que se chama de “no show”. Ou seja: a pessoa compra a passagem de avião, mas não viaja.
Os suspeitos responderão por furto qualificado e organização criminosa e podem pegar até 16 anos de prisão. A Justiça determinou a apreensão das credenciais aeroportuárias dos funcionários, que permitiam o acesso em áreas restritas do aeroporto, e o comparecimento semanal ao fórum.