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Estado de Minas 'FURA-FILAS'

Após SES vacinar servidores, PBH diz que só imunizou 'linha de frente'

Equipe de Alexandre Kalil emitiu comunicado garantindo que chefe da saúde municipal, Jackson Machado Pinto, não recebeu injeção


12/03/2021 14:38 - atualizado 12/03/2021 14:43

Após admitir vacinação em massa na secretaria de Saúde de MG, Carlos Eduardo Amaral acabou despedido(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Após admitir vacinação em massa na secretaria de Saúde de MG, Carlos Eduardo Amaral acabou despedido (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Na semana em que a Secretaria de Estado de Saúde admitiu ter vacinado 806 servidores que não compõem a linha de frente do enfrentamento ao novo coronavírus, a Prefeitura de Belo Horizonte emitiu comunicado dizendo que não adotou expediente semelhante. Nesta sexta-feira (12/3), o poder Executivo da capital mineira garantiu que os secretários municipais e trabalhadores administrativos das pastas não foram imunizados.

Em comunicado entregue aos jornalistas que aguardam, no prédio da prefeitura, a entrevista de Alexandre Kalil (PSD) sobre os rumos da cidade ante a pandemia, o governo belo-horizontino diz que o secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto, seus subsecretários e servidores, não receberam as injeções.

Até essa quinta (11), 80.878 dos cerca de 140 mil trabalhadores de saúde da “linha de frente” em BH já foram contemplados com ao menos uma dose dos compostos antiCOVID-19.

“Para dar continuidade à vacinação de maneira correta, a Prefeitura solicitou ao Ministério da Saúde que especifique quais categorias de profissionais de saúde devem ser contemplados com a reserva de imunizantes indicados para essa categoria em Minas Gerais”, lê-se em trecho do texto distribuído pela equipe de Kalil.

‘Fura-filas’ no governo


O escândalo dos ‘fura-filas’ gerou a demissão do secretário de Saúde do governo mineiro, Carlos Eduardo Amaral. Ele foi afastado por Romeu Zema (Novo) horas após garantir que não pensava em pedir para deixar o posto. Sabatinado por deputados estaduais, ele confirmou ter optado por receber uma dose “para dar o exemplo”.

A Assembleia Legislativa instaurou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também apura a questão. 


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