
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou que a cidade sofrerá novas restrições em sua atividade comercial, diante do aumento nos indicadores da pandemia da COVID-19.
Segundo Kalil, entre as atividades proibidas a partir dessa segunda (15/3) estão o comércio da construção civil (varejo), os cursos de línguas estrangeiras e de danças, os carros de lanche e os cultos com templos abertos.
O mesmo para os restaurantes.
Além disso, as lojas de conveniência dos postos de combustível só vão funcionar de segunda a sexta-feira, até as 18h.
Outras proibições são sobre a abertura dos parques e das pistas de caminhada. Isso acontece a partir deste sábado (13/3).
O prefeito também anunciou maior rigidez na fiscalização das regras sanitárias na cidade.
"A fiscalização será implacável com quem ignora a doença. Não podemos deixar comerciantes sérios, bares sérios e gente séria pagar por irresponsáveis. Não podemos deixar botequins matar jovens, crianças e bebês", afirmou o prefeito.
Indicadores
Na semana passada, BH retornou à fase zero do funcionamento do comércio, com expediente apenas dos serviços essenciais, como supermercados, padarias, drogarias e postos de combustíveis.
Nessa quinta (11/3), porém, a cidade registrou seus três indicadores fundamentais na zona crítica da escala de risco: as ocupações dos leitos de enfermaria e de UTI e o número médio de transmissão por infectado pelo coronavírus.
Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o fator RT chegou a 1,22. Essa é a maior taxa de transmissão da série histórica desde 4 de agosto: a cada 100 infectados, novos 122 se tornam vítimas da pandemia, em média.
Já a ocupação das UTIs dos leitos públicos e privados para a COVID-19 chegou a 89,4%. Esse dado também é recorde para o indicador. Antes, a maior taxa de uso era do balanço de 11 de janeiro: 86,5%.
Recorde também para o percentual de uso das enfermarias: 75,6%. O recorde anterior era justamente do balanço dessa quarta, quando a PBH contabilizou 71,6% dos leitos do tipo ocupados.
Conforme o último balanço da prefeitura, BH registra 120.837 casos confirmados da doença: 2.869 mortes, 5.848 pacientes em acompanhamento e 112.120 recuperados.