O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou que a cidade vai comprar 4 milhões de doses de vacinas antiCOVID-19 assim que houver segurança jurídica para a aquisição de imunizantes por parte de estados e municípios. Nesta sexta-feira (12/3), ele revelou que o poder público municipal tem negociações para obter doses da injeção russa Sputnik V. Os exemplares devem custar cerca de R$ 200 milhões.
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Belo Horizonte compõe o consórcio para a compra de vacinas pensado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Para a oficialização da participação, no entanto, é preciso que a Câmara Municipal autorize a entrada da cidade na coalizão.
Os municípios se embasam na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite que cidades e estados possam adquirir imunizantes caso haja falhas no Plano Nacional de Imunização (PNI).
O Congresso Nacional também aprovou projeto que permite que governos locais possam contratar seguros para assumir os riscos de eventuais eventos adversos pós-vacinação. A assunção dos riscos emperrou, por algum tempo, negociações com farmacêuticas estrangeiras — o governo federal queria que os laboratórios arcassem com possíveis ocorrências adversas, mas os grupos afirmavam tratar-se de cláusula universal.
Kalil anunciou uma série de medidas para conter o novo coronavírus. Belo Horizonte vai “voltar casas” na flexibilização das atividades econômicas.
Entenda a situação da cidade
Na semana passada, BH retornou à fase zero do funcionamento do comércio, com expediente apenas dos serviços essenciais, como supermercados, padarias, drogarias e postos de combustíveis.
Nessa quinta (11/3), porém, a cidade registrou seus três indicadores fundamentais na zona crítica da escala de risco: as ocupações dos leitos de enfermaria e de UTI e o número médio de transmissão por infectado pelo coronavírus.
Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o fator RT chegou a 1,22. Essa é a maior taxa de transmissão da série histórica desde 4 de agosto: a cada 100 infectados, novos 122 se tornam vítimas da pandemia, em média.
Já a ocupação das UTIs dos leitos públicos e privados para a COVID-19 chegou a 89,4%. Esse dado também é recorde para o indicador. Antes, a maior taxa de uso era do balanço de 11 de janeiro: 86,5%.
Recorde também para o percentual de uso das enfermarias: 75,6%. O recorde anterior era justamente do balanço dessa quarta, quando a PBH contabilizou 71,6% dos leitos do tipo ocupados.
Conforme o último balanço da prefeitura, BH registra 120.837 casos confirmados da doença: 2.869 mortes, 5.848 pacientes em acompanhamento e 112.120 recuperados.