A Prefeitura de Belo Horizonte estuda formas de diminuir a circulação em prédios comerciais da cidade. Preocupado com os efeitos da alta circulação de trabalhadores como secretários, faxineiros e porteiros, Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta sexta-feira (12/3), que sua equipe trabalha para entender o impacto de setores como escritórios na lotação do transporte público. O objetivo é levantar as atividades passíveis de home office que levam mais pessoas às ruas.
O grande número de pessoas nos ônibus e nos trens urbanos têm contribuído para disseminar o novo coronavírus. Kalil pediu que o teletrabalho seja adotado por todos os grupos profissionais que têm condições para tal.
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“Se eu tiver certeza que só tem advogados, passo a tranca lá embaixo e lacro o prédio. Aí vou fazer o decreto. Temos que ter cuidado com esse fechamento”. “Não temos mais o que fechar. Temos que descobrir esse povo andando na rua, o que é”, cravou.
'Precisamos evitar aglomeração. É muito importante saber quantas pessoas aquela atividade envolve para bloquear aquelas com mais gente', explicou o secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto.
'Precisamos evitar aglomeração. É muito importante saber quantas pessoas aquela atividade envolve para bloquear aquelas com mais gente', explicou o secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto.
Nesta sexta, a gestão belo-horizontina anunciou uma série de medidas para endurecer o combate à doença. A aquisição de 4 milhões de vacinas antiCOVID-19 também foi revelada.
Entenda a situação da cidade
Na semana passada, BH retornou à fase zero do funcionamento do comércio, com expediente apenas dos serviços essenciais, como supermercados, padarias, drogarias e postos de combustíveis.
Nessa quinta (11/3), porém, a cidade registrou seus três indicadores fundamentais na zona crítica da escala de risco: as ocupações dos leitos de enfermaria e de UTI e o número médio de transmissão por infectado pelo coronavírus.
Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o fator RT chegou a 1,22. Essa é a maior taxa de transmissão da série histórica desde 4 de agosto: a cada 100 infectados, novos 122 se tornam vítimas da pandemia, em média.
Já a ocupação das UTIs dos leitos públicos e privados para a COVID-19 chegou a 89,4%. Esse dado também é recorde para o indicador. Antes, a maior taxa de uso era do balanço de 11 de janeiro: 86,5%.
Recorde também para o percentual de uso das enfermarias: 75,6%. O recorde anterior era justamente do balanço dessa quarta, quando a PBH contabilizou 71,6% dos leitos do tipo ocupados.
Conforme o último balanço da prefeitura, BH registra 120.837 casos confirmados da doença: 2.869 mortes, 5.848 pacientes em acompanhamento e 112.120 recuperados.