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Estado de Minas PANDEMIA

Kalil quer limitar funcionamento de prédios comerciais para aliviar ônibus

Secretaria municipal de Regulação Urbana vai conduzir estudo para entender trabalhadores de complexos de salas que podem atuar em teletrabalho


12/03/2021 15:26 - atualizado 12/03/2021 15:40

Kalil fez apelo para que população faça home office(foto: Alexandre Guzanshe)
Kalil fez apelo para que população faça home office (foto: Alexandre Guzanshe)
A Prefeitura de Belo Horizonte estuda formas de diminuir a circulação em prédios comerciais da cidade. Preocupado com os efeitos da alta circulação de trabalhadores como secretários, faxineiros e porteiros, Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta sexta-feira (12/3), que sua equipe trabalha para entender o impacto de setores como escritórios na lotação do transporte público. O objetivo é levantar as atividades passíveis de home office que levam mais pessoas às ruas.

O grande número de pessoas nos ônibus e nos trens urbanos têm contribuído para disseminar o novo coronavírus. Kalil pediu que o teletrabalho seja adotado por todos os grupos profissionais que têm condições para tal.

“Faço esse apelo para que trabalhem em casa e façam o home office. Não podemos continuar com essa lotação nos ônibus. Existe um mistério nisso aí. O mistério está nos prédios comerciais de Belo Horizonte”, falou. “O que nos causa estranheza não é o transporte público lotado. É o que esse povo está fazendo nas ruas”, completou.

Os trabalhos, segundo o prefeito, vão ser conduzidos pela secretaria municipal de Regulação Urbana. A ideia é que salas que não abriguem serviços essenciais, como consultórios médicos, sejam fechados. Para evitar erros, Kalil encomendou o estudo.

“Se eu tiver certeza que só tem advogados, passo a tranca lá embaixo e lacro o prédio. Aí vou fazer o decreto. Temos que ter cuidado com esse fechamento”. “Não temos mais o que fechar. Temos que descobrir esse povo andando na rua, o que é”, cravou. 

'Precisamos evitar aglomeração. É muito importante saber quantas pessoas aquela atividade envolve para bloquear aquelas com mais gente', explicou o secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto.

Nesta sexta, a gestão belo-horizontina anunciou uma série de medidas para endurecer o combate à doença. A aquisição de 4 milhões de vacinas antiCOVID-19 também foi revelada.

Entenda a situação da cidade 


Na semana passada, BH retornou à fase zero do funcionamento do comércio, com expediente apenas dos serviços essenciais, como supermercados, padarias, drogarias e postos de combustíveis.

Nessa quinta (11/3), porém, a cidade registrou seus três indicadores fundamentais na zona crítica da escala de risco: as ocupações dos leitos de enfermaria e de UTI e o número médio de transmissão por infectado pelo coronavírus. 

Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o fator RT chegou a 1,22. Essa é a maior taxa de transmissão da série histórica desde 4 de agosto: a cada 100 infectados, novos 122 se tornam vítimas da pandemia, em média. 

Já a ocupação das UTIs dos leitos públicos e privados para a COVID-19 chegou a 89,4%. Esse dado também é recorde para o indicador. Antes, a maior taxa de uso era do balanço de 11 de janeiro: 86,5%.

Recorde também para o percentual de uso das enfermarias: 75,6%. O recorde anterior era justamente do balanço dessa quarta, quando a PBH contabilizou 71,6% dos leitos do tipo ocupados.

Conforme o último balanço da prefeitura, BH registra 120.837 casos confirmados da doença: 2.869 mortes, 5.848 pacientes em acompanhamento e 112.120 recuperados.


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