Jornal Estado de Minas

ABUSO

Polícia começa a ouvir vítimas espionadas por câmeras em lava-jato de BH


Quatro funcionárias do lava-jato Bairro Buritis, flagrado com câmeras escondidas no banheiro feminino na segunda-feira (8/3), já prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. O estabelecimento, que fica na Rua Josephino Aleixo, 120, pertence ao empresário Luiz Eduardo Castellar.





 

Não só as atuais empregadas do lava-jato se dispuseram a depor, mas também ex-funcionárias, que também passaram por constrangimentos. Uma delas, inclusive, faz tratamento psicológico desde que saiu da empresa.
 

As ex-funcionárias planejam fazer  manifestações até que o caso seja concluído e julgado pela Justiça.

 

Entre as denúncias apresentadas, estão a de constrangimento, assédio, cantadas e propostas indecorosas – uma funcionária disse que o patrão pediu a ela que fizesse um vídeo íntimo com sua namorada para publicar em um site do exterior.

 

As 11 mulheres que ainda trabalhavam no lava-jato quando as câmeras foram descobertas se juntaram para fazer um apelo para conseguir emprego, já que não têm mais o ganha-pão.

 

O caso

 

O flagrante ocorreu no Dia Internacional da Mulher. Uma funcionária, ao descobrir as câmeras – três, dentro do banheiro feminino –, chamou a Polícia Militar.

Os militares, e posteriormente a perícia da Polícia Civil, certificaram que as câmeras estavam assim posicionadas: uma junto ao vidro da parte de cima do banheiro, uma na lateral, próxima ao vaso sanitário e outra quase em frente.

 

Um detalhe que chamou a atenção da polícia é o fato de que somente mulheres eram contratadas para trabalhar naquele local.

 

 





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