O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta sexta-feira (12/3), a compra de 4 milhões de doses da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, e distribuída no Brasil pela União Química. Praticamente no mesmo instante, o Ministério da Saúde, liderado pelo general Eduardo Pazuello, assinou um acordo garantindo 10 milhões de doses do imunizante para todo o país.
Com 2,5 milhões de habitantes, Belo Horizonte é responsável por 1,2% da população total do Brasil. Porém, o quantitativo de doses adquiridas pela capital mineira representa 40% das doses que o governo federal prometeu para as 27 unidades federativas.
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Kalil sobre negacionistas: 'Não é Bolsonaro. São todos os irresponsáveis'Kalil anuncia compra de 4 milhões de doses de vacina da Rússia para BHMinistério da Saúde assina contrato de 10 milhões de doses da Sputnik VMP recebe denúncia de fura-filas da vacina em Pedro LeopoldoKalil assina na segunda acordo para comprar 4 milhões de doses da SputnikDoses anunciadas por Kalil são suficientes para 85% dos não vacinados em BHO prefeito da capital mineira apenas aguarda segurança jurídica para arrematar o acordo e concluir a transação, que deve custar cerca de R$ 200 milhões.
“Temos que providenciar o trâmite de importação e liberação, mas já tivemos a conversa com a cônsul da Rússia (em BH). Vamos disponibilizar 4 milhões de vacinas assim que a lei permitir e garantir o pagamento adiantado”, disse o prefeito de BH.
Outros municípios, como Betim, na Grande BH, e Maricá, no Rio de Janeiro, anunciaram acordos para a compra de doses da Sputink V. No caso da cidade mineira, 1,2 milhão de doses foram adquiridas, enquanto a segunda localidade deve receber 400 mil exemplares de imunizantes.
Em outra frente, o Ministério da Saúde aguarda o envio de 10 milhões de doses da Sputnik V, sendo 400 mil exemplares até o fim de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho.
Ainda de acordo com a pasta, o pagamento pelos imunizantes será feito assim que a Sputnik V receber autorização emergencial de uso ou registro definitivo por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Aval da Anvisa
Ainda de acordo com a pasta, o pagamento pelos imunizantes será feito assim que a Sputnik V receber autorização emergencial de uso ou registro definitivo por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No começo do mês, representantes de 18 estados e do Distrito Federal visitaram a sede da União Química, onde é produzido o ingrediente farmacêutico ativo (IFA). A principal matéria-prima da Sputnik V é feita para fins de teste.
Na ocasião, governadores cobraram celeridade por parte da Anvisa para que seja dado o aval para a fabricação em escala comercial o quanto antes.
A Anvisa, por sua vez, nesta sexta-feira, disse que não recebeu respostas às exigências sobre a Sputnik V. De acordo com o gerente-geral de medicamentos do órgão, Gustavo Mendes, a agência “segue aberta para discussão com a União Química para uso do imunizante”.
Segundo Mendes, as informações exigidas para o uso emergencial da vacina russa ainda não foram respondidas. De acordo com o gerente da Anvisa, a reguladora e a União Química estão conversando para que haja a divulgação dos requisitos exigidos. "A expectativa é que os próximos passos sejam tomados pela empresa", afirmou.
Na ocasião, governadores cobraram celeridade por parte da Anvisa para que seja dado o aval para a fabricação em escala comercial o quanto antes.
A Anvisa, por sua vez, nesta sexta-feira, disse que não recebeu respostas às exigências sobre a Sputnik V. De acordo com o gerente-geral de medicamentos do órgão, Gustavo Mendes, a agência “segue aberta para discussão com a União Química para uso do imunizante”.
Segundo Mendes, as informações exigidas para o uso emergencial da vacina russa ainda não foram respondidas. De acordo com o gerente da Anvisa, a reguladora e a União Química estão conversando para que haja a divulgação dos requisitos exigidos. "A expectativa é que os próximos passos sejam tomados pela empresa", afirmou.