A taxa de transmissão do novo coronavírus bateu recorde pelo segundo dia consecutivo em Belo Horizonte nesta sexta (12/3). Conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o indicador está em 1,25 e se mantém na zona crítica da escala de risco.
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Ainda conforme o documento divulgado pela prefeitura, a taxa de ocupação das UTIs para pacientes com COVID-19 sofreu leve queda: de 89,4% para 89,2% na comparação entre os dois últimos balanços.
Porém, o indicador continua na fase mais grave, determinada a partir dos 70%. Essa situação persiste desde o levantamento de 26 fevereiro. São 11 boletins consecutivos nesse estágio.
Já o percentual de uso das enfermarias continuou o mesmo computado nessa quinta: 75,6%, também na zona crítica. Até o boletim anterior, BH nunca havia registrado os três indicadores na situação de alto risco.
Esses números forçaram a prefeitura a anunciar uma nova restrição da atividade comercial nesta sexta. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou nove medidas na cidade, entre elas uma fiscalização “implacável”.
Casos e mortes
BH chegou nesta sexta a 122.302 diagnósticos confirmados da COVID-19: 2.885 mortes, 6.355 pacientes em acompanhamento e 113.062 recuperados.
Em comparação ao balanço anterior, houve registro de mais 16 mortes e 1.465 casos.
No levantamento por regionais de Belo Horizonte, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 384, 33 a mais a Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (343), Centro-Sul (330), Barreiro (326), Leste (322), Venda Nova (293), Pampulha (270) e Norte (256).
Além disso, no total, 1.561 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.308.
A faixa etária que mais morre por COVID-19 são os idosos: 84,46% (2.394 no total).
Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 13,41% (411). Há, ainda, 61 mortes entre 20 e 39 anos (2,13%), um pré-adolescente entre 10 e 14 anos (0,03%) e duas crianças entre 1 e 4 (0,06%).
Ainda conforme o boletim da prefeitura, 97,2% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 79 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidades: 64 homens e 15 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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