A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) se manifestou após o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciar, nesta sexta-feira (12/3), novas restrições para o funcionamento do comércio da capital, diante do aumento nos indicadores da pandemia da COVID-19. Para o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, o fechamento do comércio não é a solução para conter o avanço da doença.
Leia Mais
Pelo segundo dia consecutivo, transmissão do coronavírus bate recorde em BHNo pior dia da pandemia, BH teve 41 sepultamentosKalil descarta lockdown em BH: 'Não temos mais o que fechar'Bar em BH é fechado duas vezes em menos de 24h e multado em R$ 18 milKalil volta a fechar praças e pistas de caminhada de BH''Situação de BH está piorando exponencialmente'', alerta Kalil“Nós já sabemos, desde o ano passado, que os principais problemas são as festas clandestinas e as aglomerações no transporte coletivo e nos espaços públicos, casos em que a prefeitura não está se esforçando para fiscalizar”, disse.
Souza e Silva também lamentou o fato de a prefeitura ter imposto mais sacrifícios ao comércio, “mesmo reconhecendo que este fechamento não está aumentando o índice de isolamento social na cidade.”
Segundo ele, “a entrevista de hoje do prefeito Alexandre Kalil, somente reforça aquilo que já estamos falando há muito tempo. O fechamento do comércio não é solução para conter o avanço da doença", completa.
Comércio funcionando de forma clandestina e ônibus lotados
Mesmo com as restrições impostas para o comércio de serviços não essenciais valendo desde o sábado (6/3), muitos estabelecimentos estão descumprindo a lei na capital. Na manhã desta sexta-feira (12/3), a reportagem do Estado de Minas registrou muitas lojas funcionando com meia porta ou a portas fechadas, em diferentes regiões da cidade.
O mesmo acontece com o transporte público da capital. Usuários vivem uma rotina marcada por viagens em ônibus e metrôs cheios.
Nove medidas
O prefeito Alexandre Kalil anunciou nove medidas de restrições da atividade comercial da cidade nesta sexta-feira. Duas começam a valer já neste sábado (13/3) e outras sete na próxima segunda-feira (15/3).
Confira, abaixo, a lista das medidas anunciadas pela PBH:
- Proibição do varejo da construção civil e cursos de língua estrangeira, arte e dança a partir desta segunda (16/3)
- Aglomerações coibidas
- Proibição dos carros de lanche a partir desta segunda
- Proibição dos cultos religiosos com templo aberto a partir desta segunda
- Restaurantes só podem vender via delivery, com portas fechadas a partir desta segunda
- Lojas de conveniência dos postos de combustíveis apenas de segunda a sexta, até 18h, a partir desta segunda
- Fechamento de parques, praças e pistas de caminhada a partir deste sábado (13/3)
- Fiscalização mais rígida por meio da PM, fiscais e GMBH
- Estudo para suspensão de atividades de serviços em prédios comerciais
*Estagiária sob supervisão