A volta às aulas em Belo Horizonte vem sendo tópico de debate entre alunos, pais, professores, médicos e integrantes do Comitê de Enfrentamento a COVID-19 da prefeitura. Entre prós e contras, o assunto foi comentado na coletiva realizada, nesta sexta-feira (12/3),
para anunciar as novas medidas de restrição aplicadas na capital mineira.
Na semana passada, o jornal Estado de Minas recebeu mensagens de assistentes administrativos educacionais questionando o porquê de voltarem ao trabalho presencial nas escolas do município se as instituições não estão classificadas como essenciais.
Segundo os servidores, não foi ofertado EPI para atendimento.
Questionada sobre o assunto, a secretária municipal de Política Urbana, Maria Fernandes Caldas, esclareceu que o funcionamento das escolas não foi paralisado. Isso porque as instituições precisam manter o ensino a distância.
“O trabalho administrativo das escolas não está suspenso, nem pode estar, porque as escolas não pararam. Existem as aulas virtuais, existe um funcionamento de escolas no geral. Não existe essa suspensão e nem temos a intenção de suspender”, afirmou.
O secretário municipal da Saúde, Jackson Machado, ponderou a importância das escolas para as crianças.
“Sabemos a importância das escolas na saúde das crianças. Temos consciência que o distanciamento social traz problemas de relacionamento e depressão. Então, as escolas têm que estar preparadas para quando a cidade voltar. Mas, neste momento, não é a nossa prioridade”, informa.
Angela Dalben, secretária de Educação, ressaltou que, se as pessoas continuarem saindo nas ruas, as crianças vão continuar sem poder ir para as escolas.
"Nós, da escola, estamos doidos para voltar. A cidade toda quer voltar. Mas o que está sendo feito hoje, é preciso bom senso. Precisamos colaborar. Se temos um ônibus cheio de pessoas... Precisamos avaliar. Andar ou não andar de ônibus? Vamos trabalhar de casa. Dentro dos escritórios, as pessoas precisam avaliar quem precisa estar lá dentro. Se não colaborarem, nossas crianças vão ficar sem escola”, afirmou.
“Peço para cada cidadão que pense duas vezes antes de fazer qualquer coisa fora de casa, porque é fundamental que as crianças estejam nas escolas”, reforçou.
Restrições
Na tarde desta sexta-feira, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), anunciou novas restrições da atividade comercial da cidade nesta sexta (12/3).
De acordo com o chefe do Executivo municipal, nove medidas serão adotadas, duas iniciando já neste sábado (13/3) e outras sete nesta segunda (15/3).
De acordo com o chefe do Executivo municipal, nove medidas serão adotadas, duas iniciando já neste sábado (13/3) e outras sete nesta segunda (15/3).
Confira, abaixo, a lista das medidas anunciadas pela PBH:
- Proibição do varejo da construção civil e cursos de língua estrangeira, arte e dança a partir desta segunda (16/3)
- Aglomerações coibidas
- Proibição dos carros de lanche a partir desta segunda
- Proibição dos cultos religiosos com templo aberto a partir desta segunda
- Restaurantes só podem vender via delivery, com portas fechadas a partir desta segunda
- Lojas de conveniência dos postos de combustíveis apenas de segunda a sexta, até 18h, a partir desta segunda
- Fechamento de parques, praças e pistas de caminhada a partir deste sábado (13/3)
- Fiscalização mais rígida por meio da PM, fiscais e GMBH
- Estudo para suspensão de atividades de serviços em prédios comerciais