A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) divulgou, nesta sexta-feira (12/3), a lista de 828 servidores da Secretaria de Estado de Saúde que tomaram a vacina anti-COVID-19. Entre os beneficiados, estão o gabinete do secretário, assessorias da SES, subsecretarias, pessoas responsáveis pelo transporte de suprimentos, trabalhadores da Rede Frio (onde as ampolas são armazenadas), almoxarifado e trabalhadores das unidades da Farmácia de Minas.
O documento foi entregue ao Parlamento estadual pelo governo de Romeu Zema (Novo) após pressão de deputados. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso foi instalada. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também investiga. A ideia é saber quais dos 828 vacinados compõem os grupos que, de fato, têm direito ao imunizante.
A estimativa inicial tinha 500 vacinados. Nessa quinta (11), antes de ser demitido por Zema, Amaral disse que eram 806. Esse número baseou uma primeira lista enviada à Assembleia, recusada pelo presidente, Agostinho Patrus (PV), que alegou, entre outras coisas, inconsistências nos dados.
No documento enviado nesta sexta, contudo, a quantidade subiu para 828.
"Essa relação será o ponto de partida dos trabalhos da CPI cujo pedido de constituição foi deferido em Plenário nesta quinta-feira (11). Essa comissão deverá investigar a operacionalização da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, em especial o desvio de recursos referentes à vacinação irregular de grupos não prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. No presente momento, não se pode fazer nenhum juízo de valor relativamente à referida listagem, mesmo porque ainda não se sabe quem recebeu a vacina corretamente e quem a tomou de maneira indevida", lê-se na nota enviada pela Assembleia à imprensa.