O Hospital Maternidade São Lucas, de Extrema, no Sul de Minas, enviou comunicado às cidades da região para relatar a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) COVID-19 e de sedativos para entubar pacientes. Situação reflete nas cidades vizinhas que não têm condições de internar pacientes com o novo coronavírus.
Leia Mais
Prefeitura de Contagem vai comprar 1,3 milhão de doses da vacina Sputnik VCom suspeita de COVID, drama de criança de 6 anos comove promotorMinas registra 206 mortes por COVID-19 em 24h e chega a 20,5 milCidades do Centro-Oeste criam alas de estabilização para manter assistênciaMinas registra 144 mortes por COVID-19 em 24h e total passa de 20,6 milAinda dá tempo de frear o colapso na saúde; entenda como
O hospital tem 21 leitos de UTI para atender os moradores e outras nove cidades da região. De acordo com o diretor, o avanço da COVID-19 comprometeu o atendimento no local. Além da ocupação máxima de leitos, a unidade está com falta de sedativos para entubar os pacientes.
“Aos pacientes entubados sob ventilação mecânica destacamos que, uma parcela significativa dos pacientes necessita do uso do medicamento bloqueadores neuromusculares. Para total desespero do corpo clínico, o referido medicamento não se encontra disponível para compra”, ressalta.
Extrema soma 5.638 casos de COVID-19, sendo 60 mortes em decorrência do novo coronavírus. De acordo com a prefeitura, o hospital municipal também já ultrapassou os 60% da capacidade.
Reflexo na região
A cidade de Camanducaia, que fica a cerca de 26 quilômetros de Extrema, não tem capacidade para internar pacientes com o novo coronavírus. Segundo a prefeitura, as pessoas infectadas pela doença são atendidas na Santa Casa e, se necessário, são transferidas para Extrema ou para Pouso Alegre, que é outro município à beira da lotação máxima de leitos de UTI COVID-19.
Camanducaia já ultrapassou os 2 mil casos de COVID-19 e registrou 32 mortes pela doença. Preocupado com a situação, o prefeito de Camanducaia, Rodrigo Alves, publicou nas redes sociais um apelo à população, que respeitem as medidas de prevenção ao novo coronavírus.
“A situação dos leitos nos hospitais da região está caótica e a cada hora que passa piora ainda mais! Existem pacientes entubados em enfermarias. Está faltando sedativo para entubação. Não existem leitos de UTIs disponíveis. Estou dedicando todos os esforços para auxiliar os hospitais a manterem as condições de atendimento e ampliarem os leitos disponíveis. A dificuldade não é financeira. Não estamos encontrando medicamentos para comprar e não tem mais mão profissionais de saúde disponíveis para contratação", alertou.