O município de Uberaba, no Triângulo Mineiro, vive o seu pior momento da pandemia com ocupação quase que total de seus leitos de UTI/COVID. Do boletim epidemiológico do último dia 13 para o dia 14/3, a taxa de ocupação dos leitos UTI/COVID da rede pública registrou um considerável salto de 58% para 87%. No último sábado (13/3), o Hospital Regional José Alencar atingiu os 100% de ocupação destes tipos de leito.
Na rede privada da cidade, a situação também é grave, sendo que, neste momento, 91% dos seus leitos UTI/COVID estão ocupados. Desde meados de fevereiro até a última semana, por algumas vezes, este índice já atingiu os 100%.
“Neste momento, 87% de ocupação de UTI da rede pública são referentes aos leitos adultos do Hospital Regional e aos pediátricos e neonatais do Hospital de Clínicas da UFTM.
Se considerada apenas a ocupação de leitos adultos de UTI públicos, destinados ao atendimento de pacientes Covid-19, a ocupação atinge 97,5% em Uberaba”, informou nota da assessoria de imprensa da prefeitura de Uberaba.
Com relação aos leitos de enfermaria/COVID, segundo o último boletim epidemiológico, a taxa de ocupação da rede pública está em 75% e a privada em 76%.
Desde o início da pandemia, Uberaba já totalizou 16.948 casos positivos da doença, sendo que destes 404 pessoas morreram e 15.165 se recuperaram.
Segundo Michelli Maldonado, doutora em Matemática e integrante do Comitê Técnico-Científico de Enfrentamento à COVID-19 de Uberaba, enquanto o número de novos casos positivos da doença, por dia, não diminuir, os números de internações nos hospitais também não vão reduzir.
“A Média Móvel Diária subiu 30% em 2021. Os dados mostram um momento muito grave na cidade, assim como em todo país. A última semana epidemiológica foi a pior desde o início da pandemia”, afirmou.
Em dois meses e meio, o número de internações de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Uberaba teve um aumento de quase 700%, segundo levantamento do Observatório COVID-19 Uberaba, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
No dia 1º de janeiro deste ano, 28 pessoas estavam internadas em leitos de UTI e enfermaria de hospitais da cidade. Já, segundo o último boletim epidemiológico, esse número chegou a 243, o que representa um aumento de 689%. Com relação às internações em leitos de UTI/COVID neste período, o aumento foi de 313%.