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Estado de Minas VALE DO MUCURI

Ex-prefeito de Catuji é acusado de "sumir" com 20 doses de coronavac

A acusação foi feita por funcionários da SMS de Catuji e foram descritas no Boletim de Ocorrências da Polícia Militar. Ex-prefeito Fuvio Luziano nega os fatos


15/03/2021 14:04 - atualizado 15/03/2021 15:02

A Prefeitura de Catuji foi cobrada pela Câmara Municipal para investigar o sumiço de 20 doses da vacina coronavac(foto: Reprodução PMC)
A Prefeitura de Catuji foi cobrada pela Câmara Municipal para investigar o sumiço de 20 doses da vacina coronavac (foto: Reprodução PMC)

O ex-prefeito de Catuji, Fuvio Luziano Serafim (PR), está sendo acusado por funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Catuji (SMS), no Vale do Mucuri, de “sumir” com 20 doses da vacina coronavac da sala de armazenamento de vacinas da SMS, localizada no Posto de Saúde central.

O caso foi considerado gravíssimo pelo vereador Anax Batista Ferreira (PDT), que disse ter apoio da Câmara Municipal de Catuji para pedir uma investigação rigorosa do caso. “Nós vamos denunciar tudo, na Polícia Civil e na Polícia Federal”, disse o vereador.

Nesta segunda-feira (15/3), o sumiço das vacinas foi discutido na Câmara Municipal de Catuji, com presença da prefeita do município, Maria Jose de Oliveira (DEM). Um grupo de vereadores pediu providências enérgicas do município para apurar o caso.

A acusação contra o ex-prefeito Fuvio está relatada no Boletim de Ocorrências, redigido pela Polícia Militar de Catuji e encaminhado à 7ª Delegacia de Polícia Civil de Novo Cruzeiro. No relato, uma enfermeira afirma que flagrou o ex-prefeito dentro da sala onde fica a rede de frios que armazena as vacinas, segurando uma caixa de vacinas coronavac.

A enfermeira disse que denunciou o fato ao coordenador do Núcleo Imunológico do município de Catuji, Alex Oliveira Soares, que ligou o fato narrado pela enfermeira com outro, que envolveu o ex-prefeito no dia anterior, quinta-feira (11/3).

Alex contou aos policiais que no fim do expediente administrativo de quinta-feira, ele fez o levantamento da quantidade de vacinas aplicadas e restantes, juntamente com as funcionárias da saúde, e contabilizou 220 (duzentas e vinte) doses em frascos lacrados. 

À noite, Alex disse que recebeu uma ligação telefônica do ex-prefeito, dizendo que gostaria de entregar “uma lembrancinha” (bombons), em agradecimento pela vacinação de sua esposa, que é profissional de saúde do município. 

Alex também contou aos policiais que achou estranha a curiosidade do ex-prefeito, que fez muitas perguntas a ele sobre a vacinação no município, qual era o nome da vacina, quantas doses continha em cada frasco, quantas doses restavam no município, qual faixa etária a prefeitura estava vacinando. 

Perguntou também, segundo Alex, qual a temperatura em que a vacina deveria ser conservada e se suportaria ser encaminhada na temperatura ambiente para outro local e onde estariam as doses destinadas para a população de Catuji. 

Visita com chocolates e pedido inusitado

A enfermeira que flagrou o ex-prefeito com a caixa de vacinas nas mãos disse aos policiais que, na sexta-feira, Fuvio foi ao Posto de Saúde acompanhado de sua filha menor de idade, com uma sacola de chocolates. Entregou-lhe a sacola e disse que seria um presente para o coordenador Alex.

E começou a perguntar sobre o ambiente e estrutura física do local. Chegou a propor melhorias na estrutura, segundo ela. Perguntou onde ficavam as vacinas e disse que estava sentindo muito calor. 

Então, pediu permissão para se refrescar na sala de armazenamento das vacinas. Ela permitiu que o ex-prefeito entrasse e depois de algum tempo, viu Fuvio com um pacote de vacinas coronavac nas mãos. Em nova recontagem do estoque de vacinas, os funcionários da SMS constataram que faltavam 20 doses.

Ex-prefeito diz que denúncia é perseguição política

O ex-prefeito se defendeu das acusações e contou aos policiais que chegou à unidade de saúde acompanhado por sua filha, menor de idade, cumprimentou as enfermeiras pediu permissão para entrar na sala de vacinas. 

Abriu a geladeira para mostrar os frascos da vacina para sua filha.  

Disse que não subtraiu nada e que durante o tempo em que esteve na sala, jamais ficou sozinho e que foi observado por um homem chamado Zé Mineiro. E que depois de ver as vacinas, fechou a geladeira e deixou o local.

Disse aos policiais que a denúncia contra ele é fruto de perseguição política, que a oposição aproveitou dessa acusação contra a sua pessoa para o expor em diversos grupos de WhatsApp e em veículos de comunicação da região e do estado de Minas Gerais, com o ensejo de deteriorar e desgastar a sua imagem perante a opinião pública.

O EM tentou falar com o ex-prefeito Fuvio e com a atual prefeita de Catuji, Maria Jose de Oliveira (DEM), por mensagens. Nenhum dos dois respondeu as perguntas enviadas a eles. Na Delegacia de Polícia Civil de Novo Cruzeiro, a informação é o que inquérito policial que investiga o caso está em andamento.


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