Um protesto realizado nesta segunda-feira (15/3) em Belo Horizonte culminou em censura ao trabalho da imprensa, com direito a ataques violentos contra um repórter-fotográfico do Estado de Minas.
A pauta do movimento inclui críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) e às medidas sanitárias de restrição adotadas na capital mineira desde o início de março para conter a pandemia de COVID-19.
As agressões sofridas pelo repórter-fotógrafico constam em Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal (Deajec), no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital. A violência também foi registrada em fotos e vídeos.
Nas imagens, o profissional – que não será identificado por motivos de segurança –, aparece sendo empurrado e ofendido pelos manifestantes em frente ao 12º BI, quartel do Exército. O grupo tenta impedir que o jornalista filme e fotografe o ato, sob alegação de que ele é “comunista”.
O evento em questão é uma carreata em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que partiu da Avenida das Agulhas Negras, no Bairro Mangabeiras, rumo ao Centro da cidade – as agressões ocorreram em frente ao 12º Batalhão de Infantaria, no Barro Preto.
A pauta do movimento inclui críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) e às medidas sanitárias de restrição adotadas na capital mineira desde o início de março para conter a pandemia de COVID-19.
As agressões sofridas pelo repórter-fotógrafico constam em Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal (Deajec), no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital. A violência também foi registrada em fotos e vídeos.
Nas imagens, o profissional – que não será identificado por motivos de segurança –, aparece sendo empurrado e ofendido pelos manifestantes em frente ao 12º BI, quartel do Exército. O grupo tenta impedir que o jornalista filme e fotografe o ato, sob alegação de que ele é “comunista”.
O fotógrafo então mostra seu crachá e tenta explicar que foi ao local para cobrir a manifestação, sem sucesso. A partir daí, os ataques tornam-se mais violentos. Um homem vai em direção ao repórter e o acerta com um capacete.
“Também levei pontapés na perna esquerda e golpes com um cabo de uma bandeira próximo ao rosto. Tudo isso sem motivo algum. Fui à manifestação simplesmente para fazer o meu trabalho, que é reportar. A primeira coisa que fiz foi me identificar como trabalhador da imprensa, mas o clima de histeria no protesto era tal, que as pessoas começaram a dizer que meu crachá era falso e partiram para cima de mim”, conta o profissional.
Sobre o episódio, o Estado de Minas divulgou a seguinte nota oficial:
"O Estado de Minas condena veementemente toda e qualquer tipo de agressão e hostilidade aos seus profissionais e ressalta que o livre exercício do trabalho da imprensa é fundamental em uma nação democrática."