Os leitos de UTI para pacientes com COVID-19 da rede pública de Uberaba estão perto de sua ocupação total. Do boletim epidemiológico do dia 13 para o dia 14/3, a taxa de ocupação destes tipos de leitos registrou um considerável salto de 58% para 87%. No último sábado (13/3), o Hospital Regional José Alencar atingiu os 100% de ocupação destes tipos de leito.
Diante desse alarmante cenário, caso aconteça um colapso total da rede pública de Uberaba, segundo o secretário de Saúde de Uberaba, Sétimo Boscolo, a cidade espera ser atendida pelo estado.
“Assim como já atendemos em outros momentos quando fomos demandados. Estamos buscando incansavelmente a diminuição do número de contaminações, através de diversas ações que estão sendo adotadas, como a abertura das Unidades de Saúde também nos finais de semana. Entendemos que o melhor procedimento a ser adotado é a diminuição de pessoas contaminadas circulando e disseminando o vírus”, considerou.
“Assim como já atendemos em outros momentos quando fomos demandados. Estamos buscando incansavelmente a diminuição do número de contaminações, através de diversas ações que estão sendo adotadas, como a abertura das Unidades de Saúde também nos finais de semana. Entendemos que o melhor procedimento a ser adotado é a diminuição de pessoas contaminadas circulando e disseminando o vírus”, considerou.
Questionado sobre o que será feito por sua pasta caso aconteça de um paciente com a COVID-19 não encontrar vaga na rede pública de Uberaba, o secretário explicou que será necessário buscar o atendimento desses pacientes via regulação do município, através do SISREG (Sistema Nacional de Regulação).
Ainda conforme Sétimo Boscolo, durante esta semana, o Hospital Regional de Uberaba vai aumentar o seu número de leitos voltados para pacientes infectados com o novo coronavírus.
“Mais 18 leitos de enfermaria e 10 de UTI e, além disso, em breve, queremos habilitar mais 22 leitos não COVID no Hospital Helio Angotti (particular); ação que faz parte do nosso Plano de Contingência”, contou
“Mais 18 leitos de enfermaria e 10 de UTI e, além disso, em breve, queremos habilitar mais 22 leitos não COVID no Hospital Helio Angotti (particular); ação que faz parte do nosso Plano de Contingência”, contou
“Neste momento, 87% de ocupação de UTI da rede pública são referentes aos leitos adultos do Hospital Regional e aos pediátricos e neonatais do Hospital de Clínicas da UFTM.
Se considerada apenas a ocupação de leitos adultos de UTI públicos, destinados ao atendimento de pacientes COVID-19, a ocupação atinge 97,5% em Uberaba”, informou nota da assessoria de imprensa da prefeitura de Uberaba.
Hospitais particulares de Uberaba já realizaram transferências
Na rede privada da cidade, a situação também é grave, sendo que, segundo o último boletim epidemiológico, 91% dos seus leitos UTI/COVID estão ocupados. Desde meados de fevereiro até a última semana, por algumas vezes, este índice já atingiu os 100%.
Diante disso, pacientes com a COVID-19 da rede privada de Uberaba já realizaram transferências para hospitais de cidades de São Paulo.
Com relação ao Hospital São Domingos, no início deste mês, após a ocupação total dos seus leitos de UTI/COVID, foi necessário que cinco dos seus pacientes, através de intermediações dos seus planos de saúde, fossem encaminhados para outras cidades: quatro foram para Ribeirão Preto e um para Franca.
Com relação aos leitos de enfermaria/COVID, segundo o último boletim epidemiológico, a taxa de ocupação da rede pública está em 75% e a privada em 76%.
Desde o início da pandemia, Uberaba já totalizou 16.948 casos positivos da doença, sendo que 404 pessoas morreram.
Em dois meses e meio, o número de internações de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Uberaba teve um aumento de quase 700%, segundo levantamento do Observatório COVID-19 Uberaba, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
No dia 1º de janeiro deste ano, 28 pessoas estavam internadas em leitos de UTI e enfermaria de hospitais da cidade. Segundo o último boletim epidemiológico, esse número chegou a 243, o que representa um aumento de 689%. Com relação às internações em leitos de UTI/COVID neste período, o aumento foi de 313%.