Os hospitais da rede privada de Belo Horizonte vivem um colapso. Conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, apenas seis leitos de UTI para pacientes com COVID-19 não estão em uso nessas unidades de saúde.
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Os números, embora divulgados nesta segunda (15/3), dizem respeito à situação desse domingo (14/3). O colapso acontece justamente um mês depois do carnaval, quando muitas pessoas se aglomeraram e viajaram, apesar do cancelamento da festa de rua.
Na soma entre a rede suplementar e o SUS, BH registra ocupação de 93,4% em suas UTIs. No sistema público, o índice é de 89,7%.
Nessa sexta (12/3), quando a prefeitura anunciou nove novas medidas para conter a proliferação do coronavírus, o infectologista Carlos Starling deu seu ponto de vista sobre a situação da rede particular.
“Certamente, nós ainda não tínhamos visto a pior face dessa epidemia. Estamos começando a ver essa pior face agora. Unidades de terapia intensiva com 85% de ocupação (o quadro de sexta), significa que a margem para poder fazer o manejo de leitos é muito pequena. Acima disso, qualquer coisa significa colapso. E colapsando o sistema, não adianta ter plano de saúde. Não vai conseguir internar”, disse.
Outros dois parâmetros, a taxa de uso das enfermarias e a transmissão do coronavírus, também alcançaram suas maiores marcas e estão na zona crítica da escala de risco.
O fator RT chegou a 1,28. Quanto às enfermarias para COVID-19, a prefeitura contabiliza uma ocupação de 78,9%.
Casos e mortes em BH
Belo Horizonte chegou, nesta segunda-feira, a 123.982 diagnósticos confirmados de COVID-19: 2.902 mortes, 6.158 pacientes em acompanhamento e 114.922 recuperados.
Em comparação ao balanço anterior, divulgado nessa sexta-feira (12/3), houve crescimento de 1.680 casos e 17 óbitos.