O avanço da COVID-19 em Ouro Preto, na Região Central do estado, leva o município a migrar, a partir de amanhã (16), para a onda roxa do Plano Minas Consciente. Na tarde desta segunda-feira (15), o prefeito Angelo Oswaldo comunicou a parceria com a Santa Casa para ampliação dos leitos de UTI COVID-19, administração compartilhada do Hospital de Campanha e a intensificação da fiscalização.
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'União de esforços'
“É uma união de esforços que se dá em um momento em que estamos em crise", afirmou a secretária Municipal de Saúde, Glauciane Nascimento. "Estamos em crise do ponto de vista do avanço da doença, estamos em crise do ponto de vista do índice de transmissão, e estamos em crise na nossa capacidade de atendimento. Essa parceria com a Santa Casa de Ouro Preto tem o objetivo de garantir a qualidade no atendimento, garantir que o paciente seja atendido em tempo hábil e que tenha acesso a toda uma estrutura necessária em caso de gravidade. O maior ganho é a segurança do paciente em relação à estrutura.”
Para o gerente assistencial da Santa Casa, Leandro Moreira, o principal ponto está em unir forças e centralizar os serviços. "Vamos otimizar primeiro todos os recursos da Santa Casa, e depois, se necessário, usar o espaço do Hospital de Campanha. Vamos melhorar a assistência, garantir todos os exames e o tratamento ao paciente no menor tempo possível”.
Inserida na onda roxa, Ouro Preto passa a ter prioridade no recebimento de vacina pelo governo estadual. O município tem hoje 3.018 casos de COVID-19, 56 óbitos confirmados e dois em investigação, causados pela doença.
Na fase da onda roxa, que, a princípio, tem duração de sete dias na cidade, só é permitido o funcionamento de serviços essenciais. A circulação de pessoas de segunda a sexta, das 20h às 5h, e aos sábados e domingos, das 17h às 5h, fica limitada aos trabalhadores da saúde, dos serviços essenciais e pessoas em situação de urgência e emergência. O deslocamento por qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar.
São considerados serviços essenciais: setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery); serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.); bancos; transporte público (deslocamento para atividades essenciais); energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados; manutenção de equipamentos e veículos; c onstrução civil; indústrias (apenas da cadeia de atividades essenciais); lavanderias; serviços de TI, dados, imprensa e comunicação; e serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)
Barreiras sanitárias
Segundo a prefeitura, o município providenciou a instalação de quatro barreiras sanitárias, que terão característica restritiva além de informativa. Os pontos são: final da Avenida Rene Giannetti, Rua Padre Rolim, na entrada de Ouro Preto para quem vai de Belo Horizonte, Taquaral, próximo ao Chafariz, para quem vai de Mariana e entrada do distrito de Lavras Novas.