O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou na manhã desta terça-feira (16/3) as novas medidas adotadas no estado com a “onda roxa”. Esta é a fase mais restritiva do programa “Minas Consciente”, que será implementada em todos os 853 municípios, para tentar frear o avanço da COVID-19. Além do toque de recolher para todos, o setor de turismo também foi afetado com as novas regras. A fiscalização também será mais intensa em todo estado.
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Durante a coletiva de imprensa, o novo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Bacheretti, também informou que as barreiras sanitárias vão ser retomadas obrigatoriamente entre os estados.
Nesta fase, o serviço de turismo é proibido e o funcionamento de hotéis passa a atender apenas para profissionais da saúde. “Nessas barreiras sanitárias vamos ver se as pessoas estão indo para os serviços essenciais e, se não, serão notificadas a retornar”, explicou o secretário. Apesar disso, os serviços aéreo e rodoviário continuam sem nenhuma alteração prevista.
Nesta fase, o serviço de turismo é proibido e o funcionamento de hotéis passa a atender apenas para profissionais da saúde. “Nessas barreiras sanitárias vamos ver se as pessoas estão indo para os serviços essenciais e, se não, serão notificadas a retornar”, explicou o secretário. Apesar disso, os serviços aéreo e rodoviário continuam sem nenhuma alteração prevista.
Também foi citado a proibição de jogos de futebol. "A Onda Roxa são todas as regiões e municípios. Nenhum jogo poderá ocorrer", explicou o secretário. Apesar disso, ainda nesta terça-feira (16/3) o governo do Estado deve ter uma reunião com a Federação Mineira de Futebol (FMF) para discutir sobre a paralisação do Campeonato Mineiro.
"Nós realmente consideramos incoerente a manutenção de qualquer tipo de jogo. Iremos discutir com as federações para achar alguma conclusão sobre isso. O jogo não é só a estada do jogador em campo e os riscos sanitários para isso. Vamos avaliar ao longo do dia sobre isso", ressaltou Fábio Bacheretti.
Outro ponto discutido foi o da fiscalização para todas estas medidas. Ao longo dos próximos 15 dias, a Polícia Militar de Minas Gerais vai intensificar suas ações, conforme informou o comandante da PMMG, Coronel Rodrigo Souza.
"Chegamos no limite do limite: melhor conduzir uma pessoa por desobediência do que registrar depois que ela não foi atendida (nos hospitais). Acabou, a polícia vai ser firme", afirmou.
"Chegamos no limite do limite: melhor conduzir uma pessoa por desobediência do que registrar depois que ela não foi atendida (nos hospitais). Acabou, a polícia vai ser firme", afirmou.
A princípio, estas medidas valem por apenas 15 dias, mas podem ser prorrogadas pelo governador.
O que pode funcionar na Onda roxa
- Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery);
- Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);
- Bancos;
- Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais);
- Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados;
- Manutenção de equipamentos e veículos;
- Construção civil;
- Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
- Lavanderias;
- Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
- Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)
Restrições da onda roxa
- Funcionamento apenas de serviços essenciais;
- Toque de recolher entre 20h e 5h;
- Proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado;
- Proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares;
- Existência de barreiras sanitárias de vigilância;
- Proibição de eventos públicos ou privados;
- Proibição de reuniões presenciais.
Ocupação no limite
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (15/3), o estado totaliza 974.594 casos e 20.687 mortes.
O estado registrou a segunda maior média móvel no número de casos desde o início da pandemia, 7.147. Até o momento, a maior média foi verificada em 17 de janeiro, com 7.328 casos.
Desta forma, a curva de transmissão do novo coronavírus segue em alta, com médias acima de 5 mil casos desde 23 de fevereiro.
Várias cidades do estado estão perto do colapso na ocupação de leitos de terapia intensiva para pacientes com COVID-19. Uberaba, no Triângulo Mineiro, por exemplo, está com ocupação quase que total de seus leitos de UTI/COVID.
Do boletim epidemiológico do último dia 13 para o dia 14/3, a taxa de ocupação dos leitos UTI/COVID da rede pública registrou um considerável salto de 58% para 87%. No último sábado (13/03), o Hospital Regional José Alencar atingiu os 100% de ocupação destes tipos de leito.
Em Belo Horizonte, os hospitais da rede privada vivem um colapso. Conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, apenas seis leitos de UTI para pacientes com COVID-19 não estão em uso nessas unidades de saúde. A ocupação é de 98%. A capital mineira dispõe de 305 unidades de terapia intensiva em sua rede suplementar. Portanto, 299 estão ocupadas.
Em linhas gerais, 93,4% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados na capital mineira.