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Estado de Minas SEM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

COVID-19: Divinópolis oferece cloroquina na rede pública

Município oferta medicamentos para tratamento precoce contra a COVID, porém não será estabelecido protocolo institucional


16/03/2021 14:28 - atualizado 16/03/2021 16:54

O vídeo foi gravado antes da decisão técnica desta terça-feira (16/3) e veiculado nas redes sociais(foto: Reprodução/Redes Sociais)
O vídeo foi gravado antes da decisão técnica desta terça-feira (16/3) e veiculado nas redes sociais (foto: Reprodução/Redes Sociais)
A prefeitura de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, vai fornecer na rede pública medicamentos para tratamento precoce contra a COVID-19. Uma equipe técnica foi formada a pedido do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) para estudar a possibilidade de estabelecer um protocolo. Entretanto, ela se posicionou, nesta terça-feira (16/3), contra a institucionalização, alegando que não há eficácia comprovada.

 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) disse que, em respeito ao ato médico, “não formalizará documento institucional de indicação ou não de tais terapêuticas”. Entretanto, respeitará a decisão médica e do paciente e fornecerá medicamentos aos usuários da rede pública.

 

Entre os remédios disponíveis na rede pública estão hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina, que podem ser prescritos. “O médico tem autonomia para prescrição ou não de quaisquer desses medicamentos”, afirmou. Destacou ainda que as pessoas devem preconizar os cuidados protetivos, como isolamento social, higiene rigorosa e uso de máscaras. 

 

O profissional que prescrever os medicamentos deverá preencher ou elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), detalhado, compreendido e assinado pelo paciente. A conduta do médico deve ser anotada no prontuário, seja ela de prescrição ou não.

Sem evidências

Participaram da reunião que definiu por não estabelecer protocolo o infectologista Lécio Vasconcelos Junior; o médico generalista de unidade de saúde e professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Hygor Kleber Cabral Silva; o enfermeiro conselheiro do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MG) e também professor da UFSJ, Richardson Miranda Machado; a diretora da Vigilância em Saúde, Érika Camargos e a diretora da Atenção Primária à Saúde, Daniela Dias Vasconcelos.

 

Ao se posicionarem contra o tratamento precoce, eles afirmaram que “atualmente não há evidências científicas para indicação dos fármacos hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina - associados ou não ao uso de corticosteroides, antibióticos (azitromicina) e vitaminas, dentre outros - na prevenção ou tratamento de COVID-19”. 

Vídeo

Em um vídeo que circula nas redes sociais, antes da decisão técnica, o prefeito e o secretário já descartavam a institucionalização do tratamento precoce por não ter estudo comprovando a eficácia. Mesmo assim, ressaltavam que a prática já é realizada na cidade.

 

“O tratamento precoce não demanda um protocolo municipal institucionalizado. Não é um protocolo político, apesar que para se ter um protocolo teria que passar todo um estudo para comprovar a eficácia. Os medicamentos são ofertados pela rede municipal e ficam disponíveis para os médicos a prescrição. Lembrando prefeito, que cabe ao médico prescritor fazer isso. Os remédios são ofertados na rede pública, ivermectina, hidroxicloroquina, zinko. Basta o médico prescrever junto com o termo de responsabilidade do paciente", afirmou o secretário na gravação.

 

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM 

  

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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