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Estado de Minas ONDA ROXA

Betim adere à onda roxa imposta para MG, mas não terá toque de recolher

Gestão da cidade criticou decisão imposta pelo governo estadual; comércio não essencial vai fechar a partir de quarta-feira (17/3)


16/03/2021 17:25 - atualizado 16/03/2021 18:49

Betim já tinha decreto que proibia bares e restaurantes funcionem após às 20h. Fiscalização é intensa na cidade, multando e interditando locais que promovem aglomerações(foto: Prefeitura de Betim/Divulgação)
Betim já tinha decreto que proibia bares e restaurantes funcionem após às 20h. Fiscalização é intensa na cidade, multando e interditando locais que promovem aglomerações (foto: Prefeitura de Betim/Divulgação)
 
O prefeito de Betim, Vittorio Medioli, demonstrou insatisfação com o governo do estado ao aderir o município na onda roxa, imposta a toda Minas Gerais pelo governador Romeu Zema. Antes, a cidade não havia aceitado a 
 proposta da onda lilás da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de BH (Granbel), mas agora cumprirá as medidas do Minas Consciente, como o fechamento do comércio não essencial. Já o toque de recolher das 20h às 5h, por enquanto, não fará parte da rotina de Betim. As novas normas passam a vigorar nesta quarta-feira (17/3) e valerão até 31 de Março.
 
A cidade não havia decretado o fechamento do comércio não essencial, mas tinha reduzido o horário de funcionamento do comércio de rua. Agora, na onda roxa decretada pelo governador, somente o comércio considerado essencial está permitido funcionar. Está proibida a venda de bebidas alcoólicas geladas e o consumo em locais públicos. Não haverá atendimento presencial na prefeitura de Betim, apenas por telefone. Cultos religiosos também estão suspensos. Academias também não poderão funcionar.
 
Apesar da adoção do plano, o prefeito criticou a medida estadual. “O estado baixou uma norma que coloca todas as regiões, todos os 853 municípios dentro da onda roxa, que tranca tudo, deixa aberto só os serviços essenciais. O texto é confuso, tem erros grosseiros, mas é o nível que nós temos hoje na cúpula das instituições que deveriam tomar conta da saúde de todo o estado. Está claro que temos que nos conformar com essas medidas. Nós somos a favor de uma flexibilização, mas não tem como escapar”, disse. 
 

Betim está com 96% de ocupação nos leitos de enfermaria e 95% da UTI 

Apesar da instalação de novos leitos destinados à COVID-19 prevista para os próximos dias, Betim está, atualmente, no limite da taxa de ocupação. Nesta terça-feira (16/3), 96% dos leitos de enfermaria estão sendo utilizados e 95% da UTI está ocupada na cidade. 
 
Betim conta atualmente com 80 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em funcionamento. A expectativa é de chegar a 90 leitos de CTI e 75 clínicos até o fim desta semana. A instalação de novos leitos já está sendo realizada e será destinada ao atendimento dos casos da COVID-19. 
 
O Centro de Cuidados Intensivos (Cecovid-4), instalado no Centro Materno-infantil, terá ao todo 90 leitos de CTI. O Hospital da Campanha (Cecovid-2) ampliará para 75 leitos clínicos. 
 
Porém, essas novas vagas ainda não estão disponíveis. Dos 60 leitos clínicos atuais, 58 estão ocupados o que representa 96% do total da capacidade utilizada. Desse número de internados, apenas um é paciente residente de outra cidade. 
Dos 80 leitos de UTI ativos, 76 estão com pacientes o que representa 95% da capacidade. Desses, 51 pessoas são residentes de Betim. 
 
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela secretaria municipal de saúde nesta terça-feira (16/3), Betim contabiliza 19.192 casos confirmados da COVID-19, sendo 17.984 já recuperados e 532 mortes pela doença. 



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