O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), admitiu, nesta terça-feira (16/3), que a rede de atenção à Saúde do estado entrou em colapso. Segundo o chefe do Executivo estadual, há ao menos 200 pessoas à espera de leitos de UTI. Ele citou ainda os números preocupantes do informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nessa segunda-feira (15/3): 85,3% das vagas de terapia intensiva estão ocupadas.
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Ribeirão das Neves adere à onda roxa com 100% de ocupação nas UTIsZema diz que estuda criar auxílio para comércio e trabalhadores da culturaZema tacha de assassino quem sai às ruas na pandemia sem necessidadeZema diz que negocia 20 milhões de doses de vacinas contra COVID-19Zema: ''se não fosse o tratamento precoce, o colapso já teria acontecido''Zema pede 'união'; MP e Justiça vão tratar de quem descumprir onda roxaNo primeiro dia onda roxa em Governador Valadares, cidade amanheceu abertaO evento, que contou com a presença do recém-empossado Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, e do Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Souza, detalhou a expansão da chamada onda roxa do Programa Minas Consciente para todo o estado. A partir desta quarta-feira (17/3), apenas serviços essenciais devem funcionar nos 853 municípios mineiros.
"Qualquer contaminado a mais, pode ser um óbito a mais, porque o estado não tem mais capacidade de atendimento. Quem faz alguma aglomeração pode ser tachado de assassino", reforçou o mandatário.
A onda roxa, fase mais restrita do Minas Consciente, inclui o chamado toque de recolher. Ou seja: apenas atividades essenciais têm autorização para funcionar entre 5h às 20h. A circulação das pessoas também ficou mais restrita. A orientação é que os mineiros saiam de casa apenas para trabalhar ou para uso de serviços essenciais, como compras em farmácias e supermercados.
Para garantir o cumprimento das regras, o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Souza Rodrigues, afirmou que a PM vai reforçar o patrulhamento durante toda a fase crítica da pandemia, em ação coordenada com as guardas municipais
"A partir das 20h, vamos reforçar nossa atuação. Seguimos apenas com orientação. Vamos estar conscientizando, alertando, para que todos saibam da gravidade do momento que estamos vivendo", detalhou o militar.
"Agora estamos nos metros finais. Não tem condição de dar atendimento médico. Não temos outra alternativa a não ser tomar essa atitude. Não temos vagas nas unidades de saúde. Quer ver as pessoas morrerem nas ruas?", complementou o governador Romeu Zema.