No vídeo que vem sendo compartilhado nas redes sociais, o prefeito de São Lourenço fala sobre o Kit COVID, adotado no município no mês passado. O tratamento, que não teve a eficiência comprovada, consiste no uso dos medicamentos ivermectina, azitromicina, dexametasona, zinco e vitamina D.
“A experiência nos mostrou que entre o quadro clínico do paciente inicial na síndrome gripal até o resultado positivo e começar o tratamento, estamos perdendo de 4 a 7 dias. Percebi que esses pacientes estavam evoluindo muito mal até começar o tratamento de fato”, afirma prefeito.
Além do tratamento precoce, a prefeitura descentralizou o atendimento de moradores com síndrome gripal e ampliou leitos COVID-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Deixar as pessoas morrerem sem fazer nada ou começar o tratamento tardiamente, então, instituímos um protocolo. Alguns pacientes com simples gripe procuravam a UPA e saíam de lá com COVID-19. Fizemos com que as 10 Unidades Básicas de Saúde atendessem esses pacientes já começando o tratamento no começo do sintoma. Para aqueles assintomáticos que chegavam às unidades e tinham vontade de começar o tratamento por preventivo foi instituído o uso da ivermectina”, completa.
No vídeo, o prefeito afirma que o tratamento tem impactado nos números de internações e mortes na cidade.
“A UTI do Hospital São Lourenço começou a mostrar queda acentuada dos pacientes que internavam lá. Tanto que desde o dia 21 de fevereiro não temos um caso sequer de internado na UTI do hospital e não tivemos nenhum óbito até hoje. Houve uma ação de um tratamento precoce da sintomatologia e ganhamos esse time de 5 dias, que evitou que esses pacientes se agravassem para a UTI”, afirma
Onda Roxa
De acordo com o boletim municipal, São Lourenço tem 2.515 casos confirmados pelo novo coronavírus e 50 mortes. São 252 infectados e mais três mortes incluídas no período de um mês.
Após reunião na tarde desta terça-feira (16/3), o Comitê COVID-19 decidiu aderir à onda roxa, fase mais restritiva do Minas Consciente.
Um novo decreto foi publicado pela prefeitura, com validade até 31 de março. “Considerando a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI na Fundação Casa de Caridade de São Lourenço”, afirma documento.
O documento suspende serviços, comércios, atividades e empreendimentos, públicos ou privados, que não sejam essenciais nos termos do decreto.
“Os estabelecimentos que descumprirem as regras estabelecidas neste decreto e em outros atos normativos estarão sujeitos à cassação do Alvará de Localização e Funcionamento e do Alvará Sanitário, bem como demais sanções previstas em lei”, ressalta.