O presidente da Associação Mineira da Área Mineira da Sudene (AMAMS) e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, protocolou um pedido de socorro financeiro ao governo de Minas, para combater a COVID-19. No documento, também enviado ao Ministério Público Estadual, o prefeito explica que os municípios polos do Norte de Minas estão em situação para os atendimentos de pacientes com sintomas da doença em seus hospitais.
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"Infelizmente, Manga já sente a falta de oxigênio, o fornecedor do produto já não nos atende com a carga semanal que precisamos para atender os pacientes do nosso hospital, a Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo”, disse.
Guedes disse que, além dos pacientes do município, Manga recebe pacientes de São João das Missões, Miravânia, Juvenilha, Montalvânia, Matias Cardoso e parte da Bahia que lotam o hospital.
“Vivemos um drama, além da super lotação de pacientes com a COVID-19, a falta do oxigênio tem nos causado grande preocupação e por isso também pedimos socorro”, disse.
O presidente da Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo, Edilson da Silva Pinto, o hospital de Manga está recorrendo à ajuda de municípios vizinhos.
“Como houve uma diminuição no fornecimento semanal de oxigênio por parte do nosso fornecedor, os cilindros que recebemos não suprem mais a demanda, por isso, temos que pedir ajuda em outros hospitais, o volume não é mais suficiente para atender nossa população e outros municípios”, disse.
Por esses motivos, a AMAMS decidiu cobrar do governo de Minas o suprimento dos hospitais com reposição imediata do oxigênio para atender toda população.
"Estamos diante de uma situação muito grave; é inadmissível pessoas perderem suas vidas pela falta deste produto tão essencial neste momento de pandemia. Todos os prefeitos empregam grande esforço em busca de soluções e medidas que possam evitar o aumento de casos de COVID-19 e mortes pela doença no Norte de Minas, mas agora clamamos ajuda para que o caos pela falta de oxigênio seja evitado."
Montes Claros
O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, chamou atenção para a situação de escassez de oxigênio para o atendimento aos pacientes graves da COVID-19 em hospitais da cidade. A falta do produto já compromete o atendimento aos pacientes graves.Souto revelou que, devido à escassez de oxigênio, até agora, a Prefeitura de Montes Claros só teve condições de instalar mais leitos de UTI no hospital particular Pró-Vida (Bairro Maracanã). A Prefeitura fez uma negociação com o hospital privado para reforçar a estrutura das unidades de terapia intensiva para receber pacientes graves do coronavírus.
Além disso, o chefe do Executivo afirmou que a White Martins, multinacional que trabalha com oxigênio, informou que não poderá aumentar a quantidade de oxigênio fornecida, além do volume já previsto em contrato assinado com o Município.
“Entao, é muito complicado, se não tem leitos para ampliar. Se sua capacidade está esgotada de médicos e de pessoal (outros profissionais) da saúde – que não tem mais –, você tem que apelar para o que é possível”, desabafou Humberto Souto.