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Estado de Minas NORTE DE MINAS

Prefeitos do Norte de Minas temem falta de oxigênio e pedem socorro

Em Manga, a situação é crítica. O prefeito Anastácio Guedes teme a falta de oxigênio no hospital da cidade. Manga e cidades vizinhas pediram ajuda a Zema


17/03/2021 14:17 - atualizado 17/03/2021 17:36

A cidade de Manga é uma das mais afetadas com a escassez de insumos para combater a pandemia do novo coronavírus
A cidade de Manga é uma das mais afetadas com a escassez de insumos para combater a pandemia do novo coronavírus (foto: Prefeitura Municipal de Manga/Divulgação )
O presidente da Associação Mineira da Área Mineira da Sudene (AMAMS) e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, protocolou um pedido de socorro financeiro ao governo de Minas, para combater a COVID-19. No documento, também enviado ao Ministério Público Estadual, o prefeito explica que os municípios polos do Norte de Minas estão em situação para os atendimentos de pacientes com sintomas da doença em seus hospitais. 

A preocupação comum a todos os prefeitos, segundo José Nilson, é a possibilidade de faltar oxigênio nas enfermarias e UTI. Ele explicou que os hospitais de Bocaiuva, Brasília de Minas, Coração de Jesus, Espinosa, Jaíba, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, Salinas, Taiobeiras, Varzelândia e, agora Manga, já vivem essa expectativa. 

O prefeito de Manga, Anastácio Guedes, disse que seu município está em alerta máximo com a crise de abastecimento de oxigênio que afeta os hospitais da região.

"Infelizmente, Manga já sente a falta de oxigênio, o fornecedor do produto já não nos atende com a carga semanal que precisamos para atender os pacientes do nosso hospital, a Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo”, disse.

Guedes disse que, além dos pacientes do município, Manga recebe pacientes de São João das Missões, Miravânia, Juvenilha, Montalvânia, Matias Cardoso e parte da Bahia que lotam o hospital. 

“Vivemos um drama, além da super lotação de pacientes com a COVID-19, a falta do oxigênio tem nos causado grande preocupação e por isso também pedimos socorro”, disse.

O presidente da Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo, Edilson da Silva Pinto, o hospital de Manga está recorrendo à ajuda de municípios vizinhos. 

“Como houve uma diminuição no fornecimento semanal de oxigênio por parte do nosso fornecedor, os cilindros que recebemos não suprem mais a demanda, por isso, temos que pedir ajuda em outros hospitais, o volume não é mais suficiente para atender nossa população e outros municípios”, disse.

Por esses motivos, a AMAMS decidiu cobrar do governo de Minas o suprimento dos hospitais com reposição imediata do oxigênio para atender toda população.

"Estamos diante de uma situação muito grave; é inadmissível pessoas perderem suas vidas pela falta deste produto tão essencial neste momento de pandemia. Todos os prefeitos empregam grande esforço em busca de soluções e medidas que possam evitar o aumento de casos de COVID-19 e mortes pela doença no Norte de Minas, mas agora clamamos ajuda para que o caos pela falta de oxigênio seja evitado."

Montes Claros

O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, chamou atenção para a situação de escassez de oxigênio para o atendimento aos pacientes graves da COVID-19 em hospitais da cidade. A falta do produto já compromete o atendimento aos pacientes graves.

Souto revelou que, devido à escassez de oxigênio, até agora, a Prefeitura de Montes Claros só teve condições de instalar mais leitos de UTI no hospital particular Pró-Vida (Bairro Maracanã). A Prefeitura fez uma negociação com o hospital privado para reforçar a estrutura das unidades de terapia intensiva para receber pacientes graves do coronavírus.

Além disso, o chefe do Executivo afirmou que a White Martins, multinacional que trabalha com oxigênio, informou que não poderá aumentar a quantidade de oxigênio fornecida, além do volume já previsto em contrato assinado com o Município.
 
“Entao, é muito complicado, se não tem leitos para ampliar. Se sua capacidade está esgotada de médicos e de pessoal (outros profissionais) da saúde – que não tem mais –, você tem que apelar para o que é possível”, desabafou Humberto Souto.
 
 
 
 


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