Com o aumento de infecções no estado, o governo de Minas Gerais enfrenta uma nova dificuldade para ampliar o número de leitos de UTI: a falta de profissionais que possam preencher as vagas abertas e garantir atendimento aos pacientes de COVID-19.
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Os leitos de UTI passaram de 2 mil para 4 mil nos últimos 12 meses. Leitos de enfermaria, que antes eram de 10 mil, saltaram para 20 mil unidades. Por isso a necessidade da contratação de mais médicos.
Durante a coletiva, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, explicou que a COVID-19 mudou os rumos de qualquer sistema de saúde. Ele pontuou que nunca foi evidenciada uma doença que afetou "tanta gente ao mesmo tempo".
"Não existe sistema de Saúde no mundo que consiga acompanhar isso. Toda a expansão que o estado fez foi aliviando a pressão até agora, mas chegamos ao nosso limite. Temos espaço físico, mas não temos o profissional. O papel da sociedade é fundamental para que a gente alivie esses números”, informa.
"Não existe sistema de Saúde no mundo que consiga acompanhar isso. Toda a expansão que o estado fez foi aliviando a pressão até agora, mas chegamos ao nosso limite. Temos espaço físico, mas não temos o profissional. O papel da sociedade é fundamental para que a gente alivie esses números”, informa.
Números da pandemia em Minas Gerais
Após dois dias com números reduzidos de óbitos, a Secretaria estadual de Saúde de Minas Gerais divulgou nesta quarta-feira (17/03) mais de 300 mortes provocadas pela doença.
Na segunda-feira (15/03) o boletim epidemiológico do estado registrou 37 óbitos. Nas 24 horas seguintes, 28. Nesta quarta-feira, foram 314 novas mortes.
Na segunda-feira (15/03) o boletim epidemiológico do estado registrou 37 óbitos. Nas 24 horas seguintes, 28. Nesta quarta-feira, foram 314 novas mortes.
Onda roxa
Durante os próximos 15 dias o estado vai adotar medidas mais rígidas para tentar frear o avanço da COVID-19.
O que pode funcionar na onda roxa
- Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery);
- Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);
- Bancos;
- Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais);
- Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados;
- Manutenção de equipamentos e veículos;
- Construção civil;
- Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
- Lavanderias;
- Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
- Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)
Restrições da onda roxa
- Funcionamento apenas de serviços essenciais;
- Toque de recolher entre 20h e 5h;
- Proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado;
- Proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares;
- Existência de barreiras sanitárias de vigilância;
- Proibição de eventos públicos ou privados;
- Proibição de reuniões presenciais.