A pandemia da COVID-19 só se agrava, e o sistema de saúde de Belo Horizonte já está em colapso. Nessa terça-feira (16/3), o Hospital da Baleia, no Bairro Saudade, Região Leste da capital, atingiu a marca de 110% de ocupação dos leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTIs) destinados a pacientes com a doença.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, todas as vagas específicas para pacientes com o novo coronavírus estão ocupadas. Até o leito extra para casos de extrema urgência foi ocupado.
A situação na enfermaria também é grave. Na terça, 79% dos leitos destinados às vítimas de COVID-19 estavam preenchidos. Nesta quarta-feira (17/3), todos os 26 leitos de enfermaria estão cheios. E qual é o cenário por trás desses números?
"É um cenário muito preocupante, já que esses pacientes são extremamente graves. A grande maioria deles, em ventilação mecânica, ou seja, dependem da máquina para sobreviver", disse Flaviano Assunção, coordenador do CTI-COVID do Hospital da Baleia.
Ele, que faz parte de um grupo formado pelos coordenadores de CTI de todos os hospitais de BH, contou que o índice de dependência da máquina pra respirar atingiu o maior numero desde o inicio das estatísticas. "Do total de doentes em CTI, temos 74% precisando do ventilador mecânico", informou.
O especialista ainda alerta para a mudança do perfil dos pacientes: "A gente vive, há um ano, uma mudança do perfil de paciente e evolução da doença. O que chama atenção, hoje, é que temos paciente mais novos, entre 40 e 50 anos. Vários em torno dos 30. A maioria que depende da máquina para respirar", acrescentou.
Devido à gravidade do quadro, os pacientes permanecem por mais tempo internados, ressalta. "Isso dificulta assistir novos pacientes."
Nessa terça-feira, a unidade de saúde não pôde receber mais pacientes, já que a disponibilidade de leitos se esgotou.
Outra preocupação é em relação aos insumos do hospital. O médico aponta que há medicamentos como sedativos e bloqueadores neuromuscular para os próximos 20 dias.
"Infelizmente, voltamos ao cenário de julho, no qual a demanda de paciente é muito grande e a demanda de complexidade também. Temos dificuldade de encontrar insumos no mercados. Hospitais estão convivendo com estoque cada vez menor", explicou.
Ele pontua que essa é uma realidade vivida em todos os hospitais da cidade.
Os hospitais da rede privada de Belo Horizonte aumentaram a oferta de leitos de UTI para pacientes com COVID-19. Ainda assim, a ocupação bateu recorde novamente em BH nessa terça (16/3).
Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, a taxa de uso das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com a virose é de 94,1%, somando as redes SUS e suplementar.
Portanto, sobram apenas 43 leitos do tipo em BH.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, todas as vagas específicas para pacientes com o novo coronavírus estão ocupadas. Até o leito extra para casos de extrema urgência foi ocupado.
A situação na enfermaria também é grave. Na terça, 79% dos leitos destinados às vítimas de COVID-19 estavam preenchidos. Nesta quarta-feira (17/3), todos os 26 leitos de enfermaria estão cheios. E qual é o cenário por trás desses números?
"É um cenário muito preocupante, já que esses pacientes são extremamente graves. A grande maioria deles, em ventilação mecânica, ou seja, dependem da máquina para sobreviver", disse Flaviano Assunção, coordenador do CTI-COVID do Hospital da Baleia.
Ele, que faz parte de um grupo formado pelos coordenadores de CTI de todos os hospitais de BH, contou que o índice de dependência da máquina pra respirar atingiu o maior numero desde o inicio das estatísticas. "Do total de doentes em CTI, temos 74% precisando do ventilador mecânico", informou.
O especialista ainda alerta para a mudança do perfil dos pacientes: "A gente vive, há um ano, uma mudança do perfil de paciente e evolução da doença. O que chama atenção, hoje, é que temos paciente mais novos, entre 40 e 50 anos. Vários em torno dos 30. A maioria que depende da máquina para respirar", acrescentou.
Devido à gravidade do quadro, os pacientes permanecem por mais tempo internados, ressalta. "Isso dificulta assistir novos pacientes."
Nessa terça-feira, a unidade de saúde não pôde receber mais pacientes, já que a disponibilidade de leitos se esgotou.
Falta de insumos
Outra preocupação é em relação aos insumos do hospital. O médico aponta que há medicamentos como sedativos e bloqueadores neuromuscular para os próximos 20 dias.
"Infelizmente, voltamos ao cenário de julho, no qual a demanda de paciente é muito grande e a demanda de complexidade também. Temos dificuldade de encontrar insumos no mercados. Hospitais estão convivendo com estoque cada vez menor", explicou.
Ele pontua que essa é uma realidade vivida em todos os hospitais da cidade.
Em Belo Horizonte
Os hospitais da rede privada de Belo Horizonte aumentaram a oferta de leitos de UTI para pacientes com COVID-19. Ainda assim, a ocupação bateu recorde novamente em BH nessa terça (16/3).
Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, a taxa de uso das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com a virose é de 94,1%, somando as redes SUS e suplementar.
Portanto, sobram apenas 43 leitos do tipo em BH.