O prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes (PSL), resistiu de todas as formas, mas aderiu à onda roxa do Programa Minas Consciente. "Infelizmente", segundo ele. O prefeito disse que não concorda com as medidas impostas pelo governo de Minas, e que o distanciamento social não é, na opinião dele, a solução para conter a COVID-19. “A solução é a vacinação em massa da população”, disse.
Sem respaldo jurídico para negar a determinação do governo de Minas, no fim da tarde desta quarta-feira (17/3), Gustavo Nunes mandou publicar, no Diário Oficial do Município, o Decreto 9.609/2021, que determina o cumprimento do “Protocolo Onda Roxa em Biossegurança Sanitário Epidemiológico”, no período de 18/3 a 31/3.
Ele se desculpou com a população e com setores empresariais de Ipatinga, contrários às medidas da onda roxa. Gustavo Nunes reconheceu que não há alternativa senão aderir à onda mais restritiva do Minas Consciente, que ele chama de lockdown.
Hospitais lotados
O prefeito de Ipatinga está em Brasília, em busca de soluções para resolver o colapso que afetou os hospitais de sua cidade, que continuam com 100% de ocupação nos 45 leitos da UTI COVID-19 SUS.
“Estou pedindo um certo socorro ao Ministério da Saúde, aos deputados, aos senadores do nosso estado, para que possam ajudar o nosso município a sair dessa situação, porque entendemos que as pessoas precisam de trabalhar, precisam pagar as contas, precisam sustentar suas famílias”, disse, em mensagem de vídeo.
“Reitero que não concordamos com essa decisão e que não gostaríamos de sacrificar ainda mais nossos comerciantes e a economia local”, destacou Gustavo Nunes, que pediu a compreensão dos ipatinguenses pela adesão à onda roxa.
Ipatinga registrou nesta quarta-feira, em seu boletim epidemiológico diário, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, mais cinco mortes causadas pelo novo coronavírus.
No total, o município tem 465 mortes registradas desde março de 2020. Também não há mais leitos UTI COVID-19 SUS para receber os pacientes em estado grave.
No total, o município tem 465 mortes registradas desde março de 2020. Também não há mais leitos UTI COVID-19 SUS para receber os pacientes em estado grave.