A Guarda Municipal e fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte interditaram, nesta quinta-feira (18/03), o shopping Oiapoque, no hipercentro da capital.
O shopping poderia funcionar por drive-thru, com entregas sendo feitas pelo estacionamento. Mas a norma foi descumprida, segundo a fiscalização.
"Recebemos várias denúncias já há um tempo e estávamos monitorando. Até então, as ações foram educativas, mas nada tão grave quanto agora porque o momento agora é mais grave", explicou Plínio Marques, gerente territorial de fiscalização da região Centro Sul da PBH.
Ele apontou que o shopping desobedeceu ao decreto. "O sistema que eles podem trabalhar é o drive-thru. Ou seja, a pessoa dentro do carro e o lojista pode ir ao encontro do motorista para entregar a mercadoria. Infelizmente, não era dessa forma que eles estavam funcionando", complementou. A fiscalização encontrou até famílias circulando pelos corredores para as compras.
Shopping admite erro, mas diz que houve exagero
O proprietário do Shopping Oiapoque, Mário Valadares, disse que a ação da fiscalização foi exagerada, mas admitiu erro pontual.
"O shopping foi interditado por um motivo muito simples. Nós procuramos seguir todas as normas do decreto. O drive-thru é autorizado e estávamos fazendo dessa forma. Mas, hoje, identificamos algumas pessoas sem paciência de aguardar a mercadoria dentro do carro", pontuou.
Mário nega que havia circulação de compradores entre corredores e acesso às lojas. "Investimos no site para a venda on-line para que o lojista tenha receita. O drive-thru não estava funcionando adequadamente. Foi uma falha nossa", admitiu.
"O shopping foi interditado por um motivo muito simples. Nós procuramos seguir todas as normas do decreto. O drive-thru é autorizado e estávamos fazendo dessa forma. Mas, hoje, identificamos algumas pessoas sem paciência de aguardar a mercadoria dentro do carro", pontuou.
Mário nega que havia circulação de compradores entre corredores e acesso às lojas. "Investimos no site para a venda on-line para que o lojista tenha receita. O drive-thru não estava funcionando adequadamente. Foi uma falha nossa", admitiu.
Mário disse que entrará com um processo para a liberação do estabelecimento comercial com novas regras. "Agora, vamos entrar com pedido de desinterdição e corrigir essa falha. Vamos aumentar a fiscalização para que o cliente não desça do carro. Também vamos fazer um controle com o número de carros por vez no estacionamento", disse.
O supervisor de Operações da Guarda Municipal, Flávio Costa Cunha, disse que, neste caso, não foi aplicada a multa e que o proprietário pode recorrer. Isso porque a multa só é aplicada na reincidência da averiguação.
"A partir desse momento, não poderará ter no local atividades além da administrativa", disse.
Desde essa quarta-feira (16/03), o toque de recolher passou a valer na capital e somente trabalhadores dos serviços essenciais poderão circular das 20h às 5h.
Colapso do sistema
A ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 na rede privada de Belo Horizonte ultrapassou a marca dos 100% nessa quarta-feira (17/03), informou o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura. Na prática, há mais pacientes necessitando dessas unidades que os hospitais privados podem oferecer. A taxa é de 102,8%.
A ocupação geral das UTIs na cidade é de 96,6%, a maior marca da pandemia. Na rede SUS, o quadro também é gravíssimo, com uma taxa de uso de 91,1%. Portanto, dos 746 leitos para pacientes graves infectados pelo coronavírus em Belo Horizonte, a prefeitura informa que restam somente 25.
O número médio de transmissão por infectado (fator RT) caiu de 1,27 para 1,26. Foi o segundo decréscimo consecutivo do parâmetro. Isso quer dizer que a cada 100 doentes surgem novos 126 infectados pelo coronavírus em BH.
Em número de casos, a cidade chegou a 127.038 confirmados: 2.957 mortes, 7.332 pacientes em acompanhamento e 116.749 recuperados. (Com informações de Gabriel Ronan)
* Matéria em atualização