Jornal Estado de Minas

VIGIADAS NO BANHEIRO

Vítimas de dono de lava-jato fazem tratamento para retomar vida normal

As vítimas do empresário Luiz Eduardo Castellar, dono de um lava-jato no Bairro Buritis e que espionava as funcionárias com câmeras escondidas no banheiro feminino agora lutam para tentar retomar uma vida normal. Ele foi preso no último dia 8 de março, após os equipamentos serem encontrados.



Os problemas para as vítimas, porém, vai muito além da descoberta das câmeras, dos assédios e das cantadas. Algumas delas desenvolveram dificuldades que vão além do trabalho.

 

Esse é o caso de V., que conta que quase teve sua vida destruída. Seu casamento quase acabou e hoje ela tem de fazer um tratamento com um psicólogo para tentar voltar a ter uma vida normal.

 

“Ninguém imagina o que esse maldito causou. Quase fiquei sem marido. Meus filhos viviam preocupados. Hoje, faço acompanhamento psiquiátrico pelo que me aconteceu. E ainda tenho de tomar remédio para dormir, caso contrário, passo a noite acordada”, conta ela.

 

O medo a acompanha, assim como às demais ex-funcionárias do lava-jato. “Temos medo de que as nossas fotos e nossos vídeos, que ele fez, estarem sendo expostos lá fora. E pode até ser que ele esteja levando dinheiro por isso.”

 

Mais assédio

 

V. conta que desde a última semana, a mulher de Castellar vem assediando todas as funcionárias. “Ela está ligando, para mim, e par as meninas e dizendo pra gente deixar essa história de lado e deixar o homem dela de lado. Ela fala assim mesmo.”

 





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