Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO EM UBERLÂNDIA

PF prende hacker que vazou dados de 223 milhões de brasileiros

Um homem foi preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, por vazamento de informações pessoas físicas e jurídicas, na Operação Deepwater, deflagada nesta sexta (19/3) pela Polícia Federal (PF) em Minas Gerais e Pernambuco. Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.





Em Uberlândia, foi cumprido um mandado de busca e um mandado de prisão contra um hacker conhecido como Vandathegod. Ele tem 24 anos de idade e mora no Bairro Laranjeiras, zona sul da cidade.

Foram apreendidos o smartphone e o notebook do suspeito. Segundo a PF, “após o seu interrogatório o suspeito será conduzido para o presidio local onde ficará ã disposição da Justiça”.

As investigações apuraram que em janeiro de 2021, por meio da internet, inúmeros dados como CPF e CNPJ, renda, imposto de renda, fotos participantes do Bolsa Família e escores de crédito foram disponibilizados em um fórum na internet especializado em trocas de informações sobre atividades cibernéticas.

A divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário que, ao mesmo tempo, expôs a venda o restante das informações sigilosas que poderiam ser adquiridas por meio do pagamento em criptomoedas.





Após diversas diligências, a PF identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais.

o megavazamento de dados foi revelado em janeiro pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe.

O volume de números de CPF é maior do que o da população brasileira, pois foram incluídas na base informações de pessoas que já morreram. Além disso, mais de 40 milhões de números de CNPJ, com informações atrelados a eles, também foram disponibilizados.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, após representação feita Polícia Federal solicitando as medidas.

Outros casos
O mesmo homem é acusado de por ter participado de ataques aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros, em novembro de 2020, durante o primeiro turno das eleições municipais. Contra ele ainda um mandado de busca e apreensão na operação Exploit, naquele mesmo mês. A Polícia Civil mineira também o investiga por outros crimes cibernéticos.




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