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Estado de Minas OPERAÇÃO EM UBERLÂNDIA

PF prende hacker que vazou dados de 223 milhões de brasileiros

Operação Deepwater foi deflagrada nesta sexta (19/3) e cumpre mandados em Minas Gerais e Pernambuco


19/03/2021 09:02 - atualizado 19/03/2021 10:32

Hacker preso será ouvido na delegacia da PF em Uberlândia(foto: Vinícius Lemos/Divulgação)
Hacker preso será ouvido na delegacia da PF em Uberlândia (foto: Vinícius Lemos/Divulgação)
Um homem foi preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, por vazamento de informações pessoas físicas e jurídicas, na Operação Deepwater, deflagada nesta sexta (19/3) pela Polícia Federal (PF) em Minas Gerais e Pernambuco. Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.

Em Uberlândia, foi cumprido um mandado de busca e um mandado de prisão contra um hacker conhecido como Vandathegod. Ele tem 24 anos de idade e mora no Bairro Laranjeiras, zona sul da cidade.

Foram apreendidos o smartphone e o notebook do suspeito. Segundo a PF, “após o seu interrogatório o suspeito será conduzido para o presidio local onde ficará ã disposição da Justiça”.

As investigações apuraram que em janeiro de 2021, por meio da internet, inúmeros dados como CPF e CNPJ, renda, imposto de renda, fotos participantes do Bolsa Família e escores de crédito foram disponibilizados em um fórum na internet especializado em trocas de informações sobre atividades cibernéticas.

A divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário que, ao mesmo tempo, expôs a venda o restante das informações sigilosas que poderiam ser adquiridas por meio do pagamento em criptomoedas.

Após diversas diligências, a PF identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais.

o megavazamento de dados foi revelado em janeiro pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe.

O volume de números de CPF é maior do que o da população brasileira, pois foram incluídas na base informações de pessoas que já morreram. Além disso, mais de 40 milhões de números de CNPJ, com informações atrelados a eles, também foram disponibilizados.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, após representação feita Polícia Federal solicitando as medidas.

Outros casos
O mesmo homem é acusado de por ter participado de ataques aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros, em novembro de 2020, durante o primeiro turno das eleições municipais. Contra ele ainda um mandado de busca e apreensão na operação Exploit, naquele mesmo mês. A Polícia Civil mineira também o investiga por outros crimes cibernéticos.


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