Em janeiro deste ano, Manaus (AM) enfrentou um caos na saúde com a lotação dos hospitais e falta de oxigênio. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, Jackson Machado Pinto, secretário de Saúde de Belo Horizonte, diz que o cenário pode se repetir na capital mineira caso a população não respeite as medidas de controle à COVID-19.
Nesta semana, BH chegou a ter mais de 100% de ocupação de leitos na rede privada, um dos principais sinais de que a capital corre o risco de virar Manaus. “Se as pessoas não se conscientizarem da necessidade de ficarem em casa, corre (o risco)”, respondeu o médico.
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Como médicos e enfermeiros enfrentam o colapso nos hospitais'É um cenário de filme de terror', diz médico infectologista sobre BHMédicos dizem que BH vive o pior momento da pandemia em termos de contágiocoronavirusbhBH tem alerta de tempo seco e quente até sexta-feira (24/3)Buzinaço contra Kalil: manifestantes pedem o fim das restrições em BHCOVID-19: BH tem aumento de testes rápidos e diminuição dos exames PCR Um ano de pandemia: a dura realidade enfrentada pelo setor de eventosNa última quarta-feira (17/03), o Estado de Minas já havia publicado que faltam respiradores para abrir novos leitos de UTI em BH. Além disso, outra falta é de profissionais de Saúde para operarem esses leitos, por isso novas vagas foram abertas para contratação de mão de obra.
"Faltam respiradores para abrir leitos de UTI em hospitais, principalmente em alguns da Rede Fhemig. São problemas que vão ser resolvidos, mas que pode demorar um tempinho”, disse Jackson Machado.
Além disso, outro problema – desta vez, nacional – é com a falta de medicamentos essenciais para pacientes internados. Em BH, a secretaria de Saúde estuda reutilizar tubos usados em intubação de pacientes com COVID-19, por causa da escassez no equipamento.
Além disso, outro problema – desta vez, nacional – é com a falta de medicamentos essenciais para pacientes internados. Em BH, a secretaria de Saúde estuda reutilizar tubos usados em intubação de pacientes com COVID-19, por causa da escassez no equipamento.
Cansados do isolamento
Apesar de elogiar a população em acatar os conselhos do Comitê de Enfrentamento à Pandemia da COVID-19 desde março do ano passado, o secretário de Saúde se mostra preocupado com a recente desobediência às medidas de isolamento social por parte dos belo-horizontinos.
“O povo belo-horizontino, neste um ano de pandemia, se mostrou um povo muito ordeiro e muito consciente das necessidades de seguir as recomendações sanitárias. É natural que haja um certo desgaste, um certo cansaço, né? Afinal, ficar um ano inteiro dentro de casa, sem encontrar familiares, amigos, sem sentar num boteco, que é tradição em Belo Horizonte, é realmente muito difícil”, comenta Jackson.
Jovens preocupam
O secretário de Saúde diz que é nítido o aumento de jovens infectados. “Observamos que, com a vacinação dos idosos, essa faixa etária diminuiu o seu comprometimento. O número de pessoas idosas internadas caiu substancialmente e o número de pessoas entre 30 e 50 anos aumentou substancialmente, ou seja, são aquelas pessoas que estão saindo de casa, seja para trabalhar, seja para se divertir”, supõe.
Jackson ainda mencionou que na última segunda-feira (15/03) a Guarda Civil Municipal interditou uma festa na Região de Venda Nova com mais de 100 pessoas. “Ou seja, as pessoas se cansaram, mas agora, mais do que nunca, é importante para que não tenhamos um colapso do sistema de saúde semelhante ao que se viu em Manaus, por exemplo”, volta a comparar.
“É importantíssimo que as pessoas se conscientizem da necessidade de ficar em casa, de sair apenas para o exclusivamente indispensável, para ir ao supermercado fazer uma compra e voltar. Não ficar passeando. Ir a uma farmácia comprar um medicamento e voltar. Fazer as coisas que são absolutamente indispensáveis no seu dia-a-dia”, pede o médico.
UPAs devem ser evitadas
BH também tem enfrentado Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) lotadas. Com isso, o chefe do gabinete da Saúde também recomenda que as pessoas doentes só procurem atendimento médico se for extremamente necessário, pois as UPAs estão cheias de pacientes infectados com o novo coronavírus.
“Se puder esperar um pouquinho antes de sair para UPA e pensar ‘eu preciso de ir para UPA agora?’. Nós sabemos que as UPAs estão lotadas com pessoas com COVID-19. Às vezes a pessoa está com uma condição que pode ser resolvida no Centro de Saúde e acha que se for para a UPA vai ser resolvido com mais rapidez. Não vai. E ainda corre mais risco. É preferível ir ao Centro de Saúde para resolver alguma outra coisa simples, às vezes uma diarreia, um mal-estar, uma dor de cabeça, é preferível ir ao Centro de Saúde do que ir para uma UPA.”
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A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
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A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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