Pelo segundo dia consecutivo, um grupo de manifestantes promoveu, na noite desta sexta-feira (19/3), um “buzinaço” em frente à casa do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), no Bairro de Lourdes. Eles pedem o fim das medidas rígidas de isolamento social na capital e a reabertura do comércio.
O grupo usou faixas em cima dos carros com os dizeres: "Essencial é o que põe comida na mesa"; "Meus boletos não respeitam o isolamento". As buzinas foram usadas para chamar a atenção para o protesto.
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BH corre o risco de repetir cenário de Manaus, alerta secretário de SaúdeFunerárias de Minas adotam plano de contingência na fabricação de caixõesEntidades da Saúde se unem para pedir lockdown imediato em BHCom restrições impostas, movimento em locais de caminhada em BH é pequeno“Estamos aqui dando o nosso recado, que nós não vamos aceitar (as medidas de isolamento social) calados. A gente está aqui brigando por cada um que precisa colocar comida em sua mesa. É um ato simbólico, mas a gente está incomodando”, disse uma manifestante em uma live no Facebook.
Medidas contra a COVID-19
Kalil anunciou, em 12/3, medidas mais rígidas de combate à COVID-19. O isolamento social na capital foi intensificado com a implantação do toque de recolher, que faz parte da Onda Roxa, do programa "Minas Consciente", criado pelo governo estadual.
O governador Romeu Zema (Novo), tornou a medida obrigatória para todo o estado após os números da COVID-19 avançarem em Minas e cidades enfrentarem falta de leitos para pacientes internados com a doença.
Zema: ''Nosso sistema de saúde entrou em colapso''
Nesta sexta, a ocupação de leitos de UTI para pacientes exclusivos da COVID-19 atingiu 100% em Belo Horizonte.
Nas últimas 24 horas, a capital registrou oito mortes em decorrência da doença.
Nas últimas 24 horas, a capital registrou oito mortes em decorrência da doença.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina