Araxá, no Alto Paranaíba, está perto do colapso total do sistema de saúde. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado no final da tarde desta sexta-feira (19/3) pela Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação de UTI/COVID voltou aos 100% e 88% das vagas de enfermaria estão preenchidas.
De 20 leitos de UTI para pacientes com a COVID-19 disponíveis na cidade, 15 estão ocupados por moradores de Araxá e as outras cinco por pessoas da microrregião do município – quatro de Perdizes e uma de Pedrinópolis.
Araxá já havia registrado ocupação total de UTI/COVID na noite dessa terça-feira (17/3).
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No início da semana, a prefeitura disponibilizou mais quatro leitos de enfermaria na Santa Casa de Misericórdia, o que evitou nesta sexta-feira que o colapso não fosse praticamente total na cidade.
A Santa Casa é o único hospital do município e de toda a microrregião que tem vaga em leitos para pacientes com a COVID-19.
Outro dado preocupante do último boletim epidemiológico diz respeito aos novos casos foram registrados: 128 nas últimas 24 horas, número considerado alto para o município.
Por outro lado, a notícia boa desta sexta-feira é que nenhum óbito causado pelo novo coronavírus foi confirmado na cidade.
Por outro lado, a notícia boa desta sexta-feira é que nenhum óbito causado pelo novo coronavírus foi confirmado na cidade.
Desde o início da pandemia foram contabilizados em Araxá 7.049 casos positivos da COVID-19, sendo que desses 93 pessoas morreram e 6.068 se recuperaram.
Falta de profissionais
A secretária de Saúde de Araxá, Diane Dutra, afirmou que a falta de profissionais vem impedindo uma ampliação de leitos na Santa Casa de Araxá para pacientes com a COVID-19.
“Temos conversado muito com toda a categoria, mas todos estão esgotados. Não é questão de remuneração, mas sim de cansaço físico, mental, psicológico. Temos toda a estrutura física necessária, mas falta a principal: a humana. E, infelizmente, os últimos dias têm sido desgastante", disse.
E essa não é a única preocupação, destaca Diane Dutra. "Além disso, a falta de medicamentos e de insumos hospitalares também preocupa toda a rede de saúde do estado”, ressalta.