A rede pública de ensino municipal em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, vai antecipar 10 dias de recesso do calendário escolar local. A medida busca evitar impacto maior no trabalho escolar futuramente, uma vez que nesse momento há uma paralisação geral nas aulas presenciais e remotas devido às restrições de combate à COVID-19.
No ofício que foi enviado às escolas municipais de ensino fundamental e de ensino infantil e também aos pais, é informado que os recessos antecipados estavam previstos para julho de 2021 e serão aplicados entre os dias 22 de 31 de março. O documento é assinado pela secretária municipal de Educação, Tânia Toledo.
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Mesmo com contaminação em baixa, saúde de Uberlândia segue em colapsoDecisão judicial manda suspender aulas presenciais em Uberlândia'Sem vacina, sem aula': professores fazem paralisação em Uberlândia Associações pedem, em carta aberta, reabertura do comércio em UberlândiaJustiça determina suspensão do oferecimento de cloroquina em UberlândiaDetento da Nelson Hungria, em Contagem, escala muro e fogeAnteriormente, as aulas por internet já haviam sido suspensas no período de 22 de fevereiro a 19 de março. Dessa vez, a ação visava evitar desigualdade de estudos entre os alunos de toda a rede.
“É de conhecimento de todos que grande parte dos estudantes tem acesso às aulas remotas unicamente por meio do Plano de Estudos Tutorado (PET) impresso. Essa ação demanda a manutenção de escolas abertas e, consequentemente, a aglomeração de pessoas dentro e fora do ambiente escolar, com vistas a elaborar, preparar, organizar e entregar aos pais/responsáveis o material, o que violaria as regras sanitárias vigentes”, explicou o documento sobre a decisão anterior.
Uberlândia chegou a decretar a volta às aulas presenciais na redes público e privada no início de fevereiro. O sistema seria de revezamento e apenas os pais que sentissem seguros enviarem os filhos às escolas. Houve protesto de professores e parte do grupo, que apontava insegurança em relação à COVID-19 não trabalhou presencialmente.
Entretanto, no dia 9 daquele mesmo mês, a Justiça determinou a suspensão das aulas nas escolas e, posteriormente, as medidas de restrição e sanitárias do próprio Município impossibilitaram o retorno.