O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investigar o tratamento precoce contra a COVID-19 que está sendo utilizado em São Lourenço, no Sul de Minas. Vídeo do prefeito da cidade, Walter José Lessa, explicando o procedimento e afirmando que zerou internações repercutiu nas redes sociais.
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“Deixar as pessoas morrerem sem fazer nada ou começar o tratamento tardiamente, então, nós instituímos um protocolo. Eu percebi que esses pacientes estavam evoluindo muito mal até começar o tratamento de fato”, afirmou prefeito.

“Esse foi o grande diferencial, o tratamento precoce deve ser instituído para evitar as complicações que levam o paciente à ala da COVID-19, em seguida UTI, com desfecho às vezes fatal", afirmou prefeito em vídeo publicado nas redes sociais.
Mesmo com o resultado positivo apontado pelo prefeito, a cidade está com ocupação máxima dos leitos de UTI e aderiu à onda roxa, fase mais restritiva do Programa Minas Consciente. Mas segundo a prefeitura, os casos são de pessoas da região e não de moradores da cidade.
De acordo com o último boletim municipal divulgado, São Lourenço tem 2.611 pessoas infectadas pela COVID-19, 50 mortes em decorrência da doença e três moradores suspeitos na UTI. Além disso, são 21 pacientes da região na UTI.
Investigação
Na sequência, o prefeito Lessa gravou um novo vídeo afirmando os benefícios do procedimento.
“Desde que começou a ser aplicado, deu o seguinte resultado: dentre os moradores de São Lourenço, submetidos ao método do dia 3 a 20 de março de 2021, ninguém deu entrada na UTI com confirmação de COVID-19. E de 22 de fevereiro até hoje, 20 de março, não tivemos nenhuma morte entre as pessoas que tiveram o método aplicado. São 17 dias sem ocupar a UTI e 27 dias sem nenhuma morte entre as pessoas que passaram pelo nosso método. Isso é o que importante, isso é o que aconteceu e o que eu quero compartilhar com todo o Brasil, fico à disposição para ajudar, no que for possível, a prestar mais informações para ajudar a salvar vidas”, ressalta prefeito.