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Estado de Minas OUTRAS ENFERMIDADES

Transferência de pacientes do Júlia Kubitschek será gradual, diz Fhemig

Hospital passará a atender exclusivamente internados com COVID-19, mas só deslocará internados com outras doenças depois de evolução clínica


22/03/2021 11:09 - atualizado 22/03/2021 12:44

Hospital Julia Kubitschek conta hoje com 19 pacientes em tratamentos de outras enfermidades
Hospital Julia Kubitschek conta hoje com 19 pacientes em tratamentos de outras enfermidades (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 
 
Em situação crítica em relação à oferta de leitos de UTI, Belo Horizonte passará a ter o Hospital Júlia Kubitschek, no Bairro Milionários, como exclusivo para tratamento de pacientes com coronavírus. Com a mudança, a transferência dos pacientes com outras enfermidades será feita aos poucos, dependendo da evolução clínica dos internados.

A informação é da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
 
A solicitação foi feita pela prefeitura da capital à própria Fhemig por causa do aumento de novos casos de COVID-19.

Atualmente, o Júlia Kubitschek conta com 59 leitos de UTI, 203 enfermarias para adultos e outros 10 leitos de enfermaria obstétrica.
 
Pelo menos 19 pacientes de outras doenças atualmente estão internados nas unidades de terapia intensiva (UTIs), a maioria com quadro de doenças respiratórias, como pneumonia ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Outros 107 leitos de enfermarias estão dedicados à outras enfermidades e serão desocupados, conforme a evolução.
 
Segundo a Fhemig, a mudança de hospital e consequentemente a abertura de novos leitos para COVID-19 serão feitos somente quando os internados apresentarem evolução clínica ou ganharem alta. Pacientes que estiverem em situação grave serão mantidos no próprio Julia Kubitschek.

A Unidade Alternativa de Assistência à Saúde Galba Velloso (UAAS-GV), que cumpre papel de retaguarda no cenário pandêmico, e o Hospital Alberto Cavalcanti estão de prontidão para receber os pacientes de outras enfermidades.

O Hospital Júlia Kubitschek, também referência para gestantes e puérperas suspeitas ou confirmadas para coronavírus, continua recebendo atendimentos de urgência. Com exceção da maternidade, o local suspendeu o pronto atendimento clínico.

Desta forma, os demais casos deverão encaminhados para o hospital somente via regulação do município, que fará o controle da demanda e da oferta de leitos.
 
A capacidade de leitos também poderá aumentar, conforme a demanda. "Alguns leitos ainda podem ser abertos, que dependem da capacidade de recursos humanos da unidade e de outros recursos a serem avaliados pela gestão. Mas o importante é que os leitos reservados para outros agravos se voltam para os casos de coronavírus - onde, no atual cenário, é a maior demanda", diz a Fhemig.
 
Além do Júlia Kubitschek, BH tem o Hospital Eduardo de Menezes como centro médico exclusivo para tratamento de COVID-19.


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