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Estado de Minas DESCONTAMINACÃO

Demitido na pandemia, piloto cria máquina de desinfecção de mala e produtos

Piloto e mais três amigos criam máquina de desinfecção de objetos que minimizam a proliferação do vírus da COVID-19. Tecnologia utilizada é novidade no setor


22/03/2021 16:09 - atualizado 22/03/2021 17:41

A máquina desinfecta os produtos logo após serem passados ao caixa e vão para a sacola do cliente esterilizados. (foto: Market Clean/Divulgação)
A máquina desinfecta os produtos logo após serem passados ao caixa e vão para a sacola do cliente esterilizados. (foto: Market Clean/Divulgação)
Muitas vezes é em meio à crise que nascem as mais criativas oportunidades. Foi assim, após 15 anos como piloto de avião e uma demissão em meio à Pandemia do novo coronavírus, que o belo-horizontino, Carlos Soares viu uma grande chance. Ele se uniu a outros três amigos e criaram um equipamento de desinfecção de malas, bagagens e produtos que pode ser usado em aeroportos para impedir a proliferação do vírus da COVID-19 e também em outros setores como supermercados. 
 
O equipamento está em fase de negociação para a implantação nos aeroportos de Confins (Grande BH), Guarulhos (SP) e Brasília (DF). A máquina, chamada, Markclean 01, em referência à primeira calculadora eletromecânica automática produzida em larga escala no mundo, utiliza a tecnologia de atomização, aspergindo micropartículas da substância sanitizante nos produtos. 
 
Além dos aeroportos, os supermercados também poderão utilizar a tecnologia para a desinfecção unitária dos produtos que estão sendo passados no caixa, de forma rápida, antes da compra ser empacotada pelo cliente. Atualmente, alguns supermercados têm utilizado as máquinas de desinfecção de carrinhos, mas esta de higienização de produtos que fica acoplado ao caixa do supermercado ainda é novidade.  
 
"Quando o produto é registrado pela funcionária, é colocado na máquina e a pessoa já o pega do outro lado com segurança para colocar na sacola", detalhou o piloto. "A tecnologia, que é pioneira no mundo, minimiza os riscos e ajuda a salvar vidas. O vírus é um inimigo que está presente em nossa vida. E, se tiver chance de diminuir esse risco, é válido", pontua Carlos. 
Bagagens de diferentes tamanhos podem ser higienizadas pelo dispositivo que utiliza produto atóxico, incolor, inodor e não corrosivo. (foto: Market Clean/Divulgação)
Bagagens de diferentes tamanhos podem ser higienizadas pelo dispositivo que utiliza produto atóxico, incolor, inodor e não corrosivo. (foto: Market Clean/Divulgação)
 
 
O produto utilizado é a base de Quaternário de Amônio de 5º geração e Biguanida, amplamente utilizado na indústria alimentícia, que possui autorização da Anvisa e também laudos laboratoriais que comprovam sua eficácia no combate a vírus, fungos e bactérias. “A conveniência de colocar as compras em um equipamento, da mesma maneira como se faz em caixa rápido, minimiza e simplifica todo o processo de sanitização, que é efetuado automaticamente com eficácia e rapidez. A substância que utilizamos é atóxica, inodora, incolor e biodegradável”, diz um dos sócios da empresa, Kleber Schmidt.
 
A empresa tem quatro equipamentos destinados ao mercado da desinfecção: dois responsáveis por higienizar os carrinhos de supermercados e dos aeroportos, um que limpa as bagagens e outro que elimina o coronavírus das compras de forma unitária.
 
Apesar de ter sido criada em Belo Horizonte, por enquanto a tecnologia está em uso em uma rede de supermercado em Suzano (SP) e os inventores seguem tentando vender a ideia nos mais diferentes setores. Carlos que trabalhou por anos em diferentes aeronaves no mercado nacional, passando pelos segmentos executivo e comercial, em empresas como Flexaero, Twoflex e LATAM, diz que a crise no setor da aviação e a sua demissão o fez pegar o “corona institucional”. Ele explica que não teve os sintomas da doença, mas sofreu as adversidades da COVID-19 no âmbito da economia, mas que tudo o impulsionou a criar novas possibilidades.
 
“Nós devemos criar protocolos de biossegurança para nossa vida para ficarmos cada vez mais protegidos. O vírus evolui cada dia que passa, com as novas cepas, isso é latente. É um perigo iminente a nossa volta. Mesmo quando essa pandemia do novo coronavírus passar, esses equipamentos permanecerão, vieram para ficar”, pontua Carlos.   








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