O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) enviou um oficio à Prefeitura de Poços de Caldas, no Sul de Minas, recomendando ao município a adoção de medidas mais restritivas contra a COVID-19. O motivo principal foi a lotação de leitos de UTI em hospitais da cidade.
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COVID-19: Minas registra a morte de mais um bebê COVID-19: 16 estabelecimentos descumprem medidas e são interditados em BHCOVID-19: Zema anuncia ampliação de leitos de UTI em Minas GeraisCoronavírus: 14 dias após fechamento, transmissão deixa zona crítica em BHUma das propostas é a implementação de barreiras sanitárias na entrada do município, como foram colocadas no começo da pandemia, em 2020. Há o temor de a cidade ser o destino de pessoas do estado vizinho.
“Considerando que a proximidade de Poços de Caldas com o estado de São Paulo, o qual antecipou inúmeros feriados para este mês, ensejará o deslocamento de inúmeras pessoas para a nossa região”, explica documento.
“Ensejando inclusive intervenção da fiscalização com fechamento de hotéis”, afirma.
A preocupação do MP é com o comprometimento do atendimento aos infectados na cidade, "considerando as informações de que os hospitais de Poços de Caldas, Santa Casa de Misericórdia, Santa Lúcia e Unimed, atingiram nesta data a saturação do sistema de saúde”.
De acordo com o MP, apesar da cidade aderir à onda roxa, fase mais restritiva do Programa Minas Consciente, a população não se conscientizou da gravidade dos fatos e vem descumprindo as determinações das autoridades.
O ofício tem data desse domingo (21/3) e a prefeitura tem o prazo de 24 horas para analisar as propostas feitas pelo MP e enviar ao órgão as medidas que serão adotadas.
Poços de Caldas tem 5.423 pessoas infectadas pela COVID-19 e 152 mortes registradas em decorrência da doença. A prefeitura informou que os responsáveis estão reunidos e ainda não deu detalhes sobre o caso.
Aglomerações em Poços de Caldas
O fim de semana foi de aglomerações em Poços de Caldas. Pelo menos 11 veículos foram apreendidos e 20 autuações de trânsito foram aplicadas na Represa do Cipó. A prefeitura ficou sabendo do caso após denúncias anônimas. No local, os militares encontram mais de 200 veículos e, segundo a PM, centenas de pessoas.
Um hotel também foi interditado após receber turistas e descumprir as regras de prevenção ao novo coronavírus impostas pela onda roxa. A prefeitura aplicou multa de aproximadamente R$ 6 mil aos donos do hotel.