Depois de a rede privada colapsar, Belo Horizonte também registra ocupação das UTIs para COVID-19 da rede pública acima dos 100% nesta segunda-feira (22/03). A taxa de uso global (soma entre particular e SUS) dos leitos desse tipo é de 107,3%, o que força a migração do atendimento para outras partes dos hospitais, como salas e enfermarias.
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De acordo com o infectologista Unaí Tupinambás, do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 da prefeitura, muitos desses pacientes são pessoas entre 30 e 50 anos. Como não há UTIs disponíveis, muitos vão para outros espaços dentro dos hospitais, o que caracteriza a ocupação acima dos 100%.
Na rede suplementar, a ocupação das UTIs é ainda mais elevada: 114,4%. São 429 pacientes para 375 leitos, um deficit de 54 vagas.
Já no SUS, onde a prefeitura registrou pela primeira vez um colapso, são 450 doentes para 444 unidades de terapia intensiva.
E a piora nos indicadores em relação ao balanço dessa sexta (19/3), quando a ocupação global das UTIs era de 100,8% (quase sete pontos percentuais a menos que o quadro desta segunda), aconteceu em um cenário de aumento da oferta de leitos.
A prefeitura e os hospitais privados criaram novas 26 UTIs desde sexta. Ainda assim, o crescimento da demanda foi bem maior, como mostram os números acima.
Enfermaria e transmissão
Nas enfermarias para COVID-19, a prefeitura registra queda na ocupação nesta segunda em relação ao balanço dessa sexta: de 89,7% para 87,9%, na soma entre o SUS e os hospitais privados.
O boletim mais atualizado traz um acréscimo de 151 enfermarias na cidade, o que fez a ocupação cair. Agora, são 1.834 leitos do tipo no município.
Ainda assim, a rede suplementar continua em colapso: 107,6% de ocupação. São 749 pacientes para 696 vagas nesses hospitais.
A boa notícia fica por conta da queda da transmissão do coronavírus na cidade. O indicador saiu de 1,22 para 1,17. Agora, o parâmetro não está mais na faixa crítica da escala de risco, indo para a de alerta.
Casos e mortes
Belo Horizonte bateu a marca de 3 mil mortes por COVID-19 nesta segunda. De acordo com a prefeitura, a cidade soma 3.020 óbitos pela doença no total, 32 a mais que no boletim anterior.
Quanto ao número de casos, a cidade contabiliza 132.201. São 2.128 diagnósticos a mais que no balanço dessa sexta.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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