Jornal Estado de Minas

FATOR RT

Coronavírus: 14 dias após fechamento, transmissão deixa zona crítica em BH

 

Duas semanas depois do fechamento dos serviços não essenciais em Belo Horizonte, uma boa notícia. Após sete boletins na fase crítica, a transmissão do coronavírus voltou à zona de alerta nesta segunda-feira (22/3) e está em 1,17.





 

 

 

Isso quer dizer que a cada 100 infectados pelo vírus, mais 117 pessoas ficam doentes. A situação se torna grave a partir da taxa de 1,2.

 

O fato de a melhoria acontecer no primeiro boletim após o intervalo de 14 dias da restrição da PBH é um sinal de que o fechamento funcionou.

 

 

Ao menos para diminuir a aceleração do contágio pelo coronavírus, já que a janela de infecção pelo micro-organismo é de duas semanas.

 

 

 

Na prática, toda medida tomada pelo poder público, como fechar ou reabrir o comércio, leva, em média, 14 dias para apresentar seus efeitos nos indicadores da pandemia.





 

O chamado fator RT estava na zona crítica da escala de risco desde 11 de março. No último dia 15, o parâmetro anotou seu recorde: 1,28.

 

Interromper a transmissão acelerada do coronavírus é um dos maiores desafios durante a pandemia. A partir disso, as cidades conseguem, por exemplo, diminuir as chances do surgimento de uma nova variante. 

 

Ocupação dos leitos

 

Se no caso da transmissão houve queda duas semanas após o fechamento da cidade, a ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 cresceu. Nesta segunda, a prefeitura registrou taxa de uso global (SUS %2b suplementar) de 107,3%, recorde da pandemia.





 

BH disponibiliza 819 leitos de UTI no total, mas tem 879 pacientes com necessidade de passar por procedimentos que devem ser feitos na terapia intensiva. É um deficit de 60 vagas.

 

Por outro lado, as enfermarias registram queda na ocupação duas semanas depois do fechamento dos serviços não essenciais. O índice global caiu de 89,7% nessa sexta (19/3) para 87,9% nesta segunda. 

 

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.



Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?

Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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