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COVID-19: Luzes para homenagear os profissionais de saúde; veja vídeo Vacinação: MG seguirá nova diretriz de não reservar doses para 2ª aplicaçãoBispo auxiliar de BH sobre Bolsonaro na pandemia: 'Barbárie é meta'coronavirusmgMortes por COVID-19 no Brasil superam população de 845 cidades mineirasTempo estável e sem chuvas em toda Minas Gerais nesta terça-feira (23/03)COVID-19: Cidades mineiras com maiores taxas de mortalidade. Veja lista“Durante a quaresma, o toque é sempre fúnebre, com exceção do dia 19 de março, que é festivo em louvor a São José”, explicou o pároco, destacando que “quando o sino de bronze ecoa, representa a voz de Deus”. Em tempos da Campanha da Fraternidade, este ano ecumênica, padre Felipe disse que o chamado para rezar, na “hora da misericórdia (15h)”, foi para todo mundo, independentemente da religião. “Além das orações, esse toque de hoje (domingo) alerta para que todos continuem usando máscara de proteção, evitando aglomerações e higienizando as mãos”.
Moradora do Centro Histórico de Santa Luzia, a aposentada Marlene Moreira dos Santos rezou para que tanto sofrimento tenha um ponto final. “Nós, luzienses, trazemos a luz nesse nome, então o toque do sino significa um sinal, uma luz de esperança na pandemia”. Para o sineiro Henrique Barbosa, de 20 anos, valeu o esçforço. “Estou acostumado, pois toco o sino há sete anos. Estamos atravessando momentos difíceis, mas a fé é maior do que o medo.”
Alívio
Em 19 de janeiro, quando foi aplicada a primeira vacina contra COVID-19 em Ouro Preto, na Região Central de Minas, os sinos das igrejas barrocas tocaram efusivamente. Mas se dobram de alegria, as badaladas podem comunicar também a morte de pessoas conhecidas na cidade, em especial das irmandades religiosas. Quando o Brasil chegou aos 100 mil mortos pela COVID-19, em 15 de agosto, ao meio-dia, houve toque de sinos em muitas cidades brasileiras sinal de pesar, solidariedade às famílias e homenagem aos profissionais de saúde.A iniciativa foi tomada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo-Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Com o avanço acelerado da doença no país, que tem mais de 290 mil de mortes por COVID, a iniciativa deverá se repetir.
Vida
No interior mineiro, o toque dos sinos atravessa os séculos com eficaz poder de comunicação, pontuando a vida religiosa e social. Em vários municípios, há também o aviso no alto-falante da igreja matriz ou um carro de som pelas ruas anunciando falecimentos.Em São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes, o toque do sino leva à população o aviso sobre mortes e sepultamento nos cemitérios das igrejas Mercês, Carmo, São Francisco e São Gonçalo, conta o padre Geraldo Magela da Silva, pároco da Catedral do Pilar, no Centro Histórico da cidade. “Há vários tipos de toque que chamamos de linguagem dos sinos. Quem ouve entende imediatamente a informação”, explica o pároco.
Os sinos marcam também o histórico distrito de Cachoeira do Brumado, em Mariana, na Região Central do estado. “No primeiro momento da pandemia, houve toque de sino, sempre às 18h, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição. O objetivo é chamar a comunidade para rezar o terço em memória das vítimas e famílias", diz o administrador paroquial, padre José Geraldo Coura, conhecido como padre Juca. “Basta começar o toque para as pessoas ficarem atentas. Muitos ligam para paróquia querendo saber o que está acontecendo.”
Em Santa Luzia, a comunicação de mortes se faz com o anúncio fúnebre transmitido pelo serviço de som do Santuário Santa Luzia e das paróquias. O aviso começa com a música Ave Maria seguindo-se o comunicado. “Só de ouvir os primeiros acordes, a gente fica pensando: Quem será? Informação é importante, mas traz a tristeza, ainda mais essa época. Infelizmente, como temos ouvido essa mensagem nesses tempos de pandemia!”, diz a aposentada Marlene Moreira dos Santos.
À espera
No município vizinho de Sabará, os sinos estão mudos e devem continuar assim até mesmo na Semana Santa, diz José Bouzas, diretor de Patrimônio da Ordem Terceira do Carmo, irmandade religiosa que completa 260 anos em 2021. “Esperamos que eles voltem a dobrar, e muito, somente quando terminar a pandemia do novo coronavírus. Esperamos que seja em breve”, afirma Bouzas cheio de esperança.O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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