Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

MG pede 500 cilindros de oxigênio ao governo federal, mas fica sem retorno

Minas Gerais ainda aguarda uma resposta do Ministério da Saúde sobre uma solicitação de 500 cilindros de oxigênio que serão aplicados na assistência a pacientes com COVID-19. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Minas vive ‘cenário preocupante’ em relação aos gases medicinais.





“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais esclarece que, em virtude da pandemia de COVID-19, o estado vive cenário preocupante no que se refere aos gases medicinais. A escassez do insumo tem sido noticiada em várias regiões do país e, no momento, a SES-MG está realizando diagnóstico da situação de Minas, a fim de identificar a melhor forma de auxiliar as instituições, levando em consideração o cenário epidemiológico e assistencial dos territórios”, disse, em nota, o órgão.

De acordo com a pasta estadual, Minas não enfrenta desabastecimento de oxigênio, uma vez que é monitorada constantemente a cadeia produtiva por meio de contato com os fornecedores do gás. No entanto, no dia 16 de março, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, já havia dito que pediu apoio ao Ministério da Saúde pelos insumos, preocupado com o número de internações.

“A gente já vem pedindo apoio do Ministério da Saúde já prevendo sim esse aumento de consumo de oxigênio, para que não haja falta de suprimento no decorrer desses dias”, afirmou Bacheretti. “Lembrando que o Brasil, hoje, é o epicentro do mundo em COVID, está consumindo muito esses medicamentos (do kit de intubação). Então, provavelmente, esse consumo vai afetar sim a distribuição”, complementou o secretário.





Norte de Minas em alerta


O presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), José Nilson Bispo de Sá (Republicanos), o Nilsinho, afirmou, nesta terça-feira, que os prefeitos do Norte de Minas estão “muito preocupados” com uma possível falta de oxigênio para o atendimento aos pacientes graves da COVID-19, porque a empresa que fornece o produto na região já avisou que não tem como aumentar sua produção. “A gente vê que, do jeito que as coisas estão indo, a demanda por oxigênio pode aumentar muito”, declarou o presidente da Amams.

O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, afirmou que o grande problema da escassez de oxigênio é que a empresa fornecedora do produto, a White Martins, informou que só tem capacidade instalada para atender a estrutura hospitalar existente e que, desta forma, não tem como fazer o fornecimento de cilindros para novos leitos que vierem a ser ampliados. Desde 2 de março Montes Claros enfrenta a ocupação máxima dos leitos clínicos e de UTI.

De lá para cá, além de endurecer as medidas restritivas à circulação de pessoas, a prefeitura implantou dois hospitais de campanha e ampliou os leitos em outros três hospitais para os pacientes do coronavírus. Mas, a superlotação persistiu diante do aumento de novos casos da doença respiratória. 





“Fomos informados que o estoque (de oxigênio) está garantido para poucos dias e é grave a situação de maneira geral”, afirma Souto.

O Estado de Minas entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda retorno.

(Colaborou Luiz Ribeiro)

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.



Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?

Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:


audima