As regiões Leste, do Vale do Aço e Oeste de Minas Gerais são as que mais preocupam atualmente a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) no combate ao coronavírus. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o novo secretário estadual de saúde, o médico Fábio Baccheretti, pediu a colaboração dos prefeitos dessas regiões para que o estado supere o momento ruim.
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COVID: quase 20% das mortes em fevereiro são de pessoas sem comorbidadesSecretário de Saúde de MG: medicamentos de intubação chegam até sexta-feiraBH luta contra colapso funerário; no Cemitério da Saudade, mais covasVale do Aço é a única região na onda verde em Minas; saiba o motivoSecretário de Saúde de MG: 'É muito cedo para qualquer flexibilização'Minas tem mais de 700 pacientes em fila de espera para internação em UTIO secretário anunciou que a onda roxa do programa Minas Consciente será prorrogada até 4 de abril, no domingo de Páscoa. A intenção do governo de Minas é diminuir a incidência de casos e, consequentemente, desafogar o sistema de saúde de todas as regiões.
“O comportamento da doença é heterogêneo, cíclico. As regiões que nos procuram, além da Central e de Belo Horizonte, onde temos maior número de pacientes internados e onde vemos a maior redução da incidência. Mas as regiões Leste, Vale do Aço e Oeste são as que mais nos preocupam em relação à linha de aumento de incidência de novos casos”, afirmou Baccheretti.
“É importante destacar o papel do prefeito, do município, na adesão da onda roxa, pois estas regiões estão com 100% dos leitos ocupados e continua permitindo várias atividades que o Minas Consciente não permitiria. É importante a responsabilidade de cada gestor”, pediu o secretário.
Segundo o painel de monitoramento do governo, as regiões Leste e Leste do Sul estão com 93,3% e 100% de ocupação de leitos de UTI. Já Vale do Aço passou de 97%, enquanto a Oeste está com ocupação de 90% para casos mais graves.
Ele salientou que atualmente a SES-MG vem trabalhando para realocar os pacientes que necessitam de UTIs e não encontraram vaga em suas regiões.
Para isso, deu o exemplo de Coromandel, no Alto Paranaíba, que viveu caos no sistema de saúde com a explosão de infectados depois do carnaval.
“Lembrando que a gente não consegue ficar movimentando o paciente. Coromandel chegou ao colapso de saúde, a Fhemig absorveu mais de 20 pacientes da região e nossa força-tarefa foi lá treinar as equipes e neste momento a cidade vive num momento melhor. Mas continua na onda roxa. Todos os municípios devem lembrar desse papel compartilhado com o Estado.”
O apelo do secretário ocorre nO dia em que Minas registrou seu recorde de mortes em 24 horas. Segundo o balanço oficial, foram 374 vidas perdidas e 13.796 infectados. O estado contabiliza 22.497 óbitos por COVID-19, além de 1.053.994 casos.