Vereadores de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, aprovaram requerimento solicitando providências para a reabertura de todo o comércio e atividades empresariais no município. O documento foi votado na noite dessa terça-feira (23/3), e é endereçado à prefeita Margarida Salomão (PT). Parlamentares justificam que a paralisação das atividades comerciais ocasiona prejuízos aos empresários.
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Juiz de Fora: entidades médicas alertam para risco de colapso na cidade Manifestação pede reabertura do comércio em Juiz de ForaCOVID: quase 20% das mortes em fevereiro são de pessoas sem comorbidadescoronavirusmgJuiz de Fora ultrapassa 1.000 mortes por COVID-19Polícia prende cabeças de golpe de pirâmide financeira em BHFeiras livres voltam a funcionar em Viçosa, e moradores reclamamDurante a 6ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal, 14 dos 19 vereadores aprovaram o requerimento Nº 003744/2021. São eles: Maurício Delgado, André Luiz, Dr. Antônio Aguiar, Nilton Militão, Marlon Siqueira, Pardal, Cido Reis, Sargento Mello Casal, Tiago Bonecão, Kátia Franco Protetora, Julinho Rossignoli, João Wagner, Zé Márcio e Vagner de Oliveira.
O documento solicita providências, por parte da prefeitura, para a reabertura de todo o comércio e atividades empresariais no município. Em contrapartida, o requerimento pede a “aplicação de protocolos sanitários rígidos, bem como fiscalização atuante no comércio e na circulação dos munícipes, sempre preservando as vidas das pessoas”.
Os demais parlamentares justificaram que não assinaram devido à situação sanitária das últimas semanas. A cidade vem batendo recordes de casos de COVID-19 e a falta de leitos é uma realidade. A ocupação de leitos UTI SUS está em 96,43%. Portanto, segundo eles, a abertura do comércio poderia diminuir o distanciamento social.
De acordo com as justificativas que constam no requerimento, os parlamentares ressaltam que “as medidas restritivas ocasionam prejuízos, impedindo ou dificultando que grande parte dos comerciantes honrem seus compromissos, já que estão com as atividades paralisadas por mais de 15 dias”.
Além disso, o requerimento explica que os empresários não conseguem usufruir dos programas do governo para a manutenção de empregos - assim como os ofertados no início da pandemia.
Ainda segundo o documento, “a permanência da proibição das atividades vai ocasionar demissões em massa, aumentando consideravelmente as necessidades destas pessoas que serão demitidas, que, aliás, não podem mais contar com o auxílio emergencial, oferecido inicialmente pelo Governo Federal, gerando, assim, um verdadeiro caos social, a ponto de, eventualmente, aumentar os índices de crimes, como, por exemplo, saques, furtos e roubos”.
Alerta e manifestações
Na última terça-feira (22/3), entidades médicas publicaram um manifesto sobre o risco iminente de colapso na saúde em Juiz de Fora. A publicação tem assinatura da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) e Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata.
No mesmo dia, empresários e grupos de direita fizeram manifestação, no Centro da cidade, pedindo a reabertura do comércio e fim das medidas restritivas da onda roxa. A manifestação ocorreu em frente ao prédio onde mora a prefeita Margarida Salomão.
Boletim epidemiológico
Conforme o último boletim epidemiológico, Juiz de Fora registra 960 mortes em decorrência da COVID-19 e os casos confirmados somam 23.225.
A taxa de ocupação de leitos UTI COVID está em 96,43%. No total, a cidade tem 594 hospitalizados com a doença.
No momento, Juiz de Fora vacinou 33.110 pessoas com a 1ª dose da vacina contra a COVID-19 e 16.503 com a 2ª dose. Dessa forma, o município já vacinou 5,7% da população.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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