Jornal Estado de Minas

Golpe

Polícia prende cabeças de golpe de pirâmide financeira em BH

Dois homens, de 39 e 60 anos, foram presos nesta quarta-feira (24/3) dentro da Operação Medina, realizada pela Polícia Civil e que investiga crimes de pirâmide financeira. Foram cumpridos, também, três mandados de busca e apreensão.





Os dois presos são sócios de uma empresa que se passava por instituição financeira na capital. “Após investigação qualificada, realizamos a operação Medina, que culminou na prisão de dois suspeitos, investigados por crime contra a economia popular, na modalidade pirâmide financeira”, diz o delegado Eric Brandão.

 

Segundo ele, foram apreendidos cinco veículos de luxo, sendo que um deles foi comprado em dinheiro, no valor de R$ 250 mil. Documentos e computadores também foram confiscados e contribuirão para a sequência das investigações.

 

A delegada Monah Zein, que conduz a investigação, revela como funcionava a empresa dos suspeitos: “Os sócios da empresa alegam que realizavam investimento em bitcoin, investimento que até agora não conseguiram comprovar. A equipe de investigadores conseguiu identificar que os suspeitos, na realidade, atuavam com o sistema de pirâmide financeira. É um crime contra a economia popular, uma vez que se obtém lucros vultosos em prejuízos de diversas pessoas”.





 

A pirâmide financeira, seguno a delegada, funcionava da seguinte forma: “Os suspeitos ofereciam um rendimento de 15% ao mês pelo capital investido e, assim, captavam clientes para fazer o aporte financeiro. No início, cada pessoa é cooptada, recebendo o investimento. Assim, ficam maravilhadas e acabam trazendo outras pessoas".

Monah Zein explica que a decepção vem com o tempo: "Na realidade, não há investimento nenhum sendo feito. Cada novo investidor recebe o pagamento de outro investidor. Mas a pirâmide vai afunilando porque, quanto mais investidor tiver, menos dinheiro vai ter para pagar os rendimentos”.

 

Já foram tomadas as primeiras providências, segundo a delegada: “Solicitamos o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário de todas as contas para verificar onde entrou e de onde saiu o dinheiro. A partir daí, podemos mensurar o número de vítimas e o valor que os investigados conseguiram obter para eles”.

 

 

 

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