O governo de Minas Gerais decidiu prorrogar até 4 de abril (domingo de Páscoa) a onda roxa, a mais restritiva do Plano Minas Consciente. O aumento diário de novos casos de infecção pelo coronavírus e a previsão de elevação das internações nos próximos dias estão entre as justificativas do Comitê Extraordinário Estadual COVID-19 para a prorrogação da onda roxa.
Estendidas em 17 de abril a todos os 853 municípios mineiros, as medidas restritivas valeriam até o próximo dia 31
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O Comitê Extraodinário usou como motivo para a prorrogação da onda roxa a previsão de que, nas próximas semanas, o número de internações de pacientes com COVID-19 deverá aumentar, “consequência do aumento do número de casos”.
Outro argumento usado para justificar a prorrogação é que houve um aumento de exames de diagnóstico para o coronavírus no estado, e esperava-se que, com isso, as testagens positivas reduzissem. A expectativa, porém, não se confirmou.
A informação levantada é que, hoje, a positividade dos testes para COVID-19 em Minas está na faixa de 45%, a maior taxa de incidência desde o início da pandemia.
O secretário Fábio Baccheretti salientou que o governo estadual estendeu a onda roxa aos 853 municípios mineiros porque todas as regiões do estado enfrentam o agravamento da COVID-19, com a máxima ocupação dos leitos hospitalares clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os pacientes contagiados pela doença.
Segundo ele, desde o inicio da onda roxa, o isolamento social nas cidades aumentou. No entanto, mesmo com a ampliação de leitos, o problema da superlotação hospitalar persistiu.
Por isso, foi necessário a prorrogação da validade das medidas restritivas. “Todas as regioes do estado estão sofrendo muito com a pandemia. Existe uma esperança que logo nas próximas semanas a ocupação caia, mas ainda é muito cedo para qualquer municipio fazer qualquer tipo de flexibilização”, declarou Baccheretti.